Dentre os diferentes tipos de biopolímeros naturais, o derivado da Saccharum officinarum L, vem demostrando resultados surpreendentes em processos regenerativos Para presente pesquisa, foram utilizados 15 coelhos da linhagem Nova Zelândia, que foram submetidos à anestesia geral, complementada com anestesia local. Após tricotomia da área cirúrgica, anti-sepsia, aposição de campo operatório fenestrado, incisão para-patelar medial, artrotomia para melhor visualização, foi provocada luxação lateral da patela. Com o joelho fletido, foram produzidos com trefina metálica defeitos osteocondrais de 3,2mm de diâmetro e 4,0mm de profundidade em cada côndilo femoral. Os animais foram divididos em dois grupos: grupo estudo, joelho direito, côndilos medial e lateral, os defeitos produzidos foram preenchidos com o biopolímero de S. officinarum; e grupo controle, joelho esquerdo, côndilos medial e lateral, os defeitos produzidos foram deixados sem preenchimento. Cada joelho forneceu duas amostras, sendo 10 amostras dos coelhos com 90 dias e 10 amostras dos coelhos de 120 dias. Nos grupos de estudo foram observadas reações inflamatórias do tipo corpo estranho contornando o biopolímero com 90 e 120 dias. Os elementos celulares predominantes foram monócitos/macrófagos, linfócitos, células gigantes inflamatórias. Já nas lâminas dos animais controle com 90 e 120 dias, observou-se reação fibrosa intensa por proliferação de fibroblastos e fechamento completo da lesão por ação cicatricial, sem presença de células características de processo inflamatório. O emprego do referido biopolímero não apresentou rejeição durante o período de estudo, podendo se transformar numa possibilidade futura como material de implantes de baixo custo.