LEMOS, Tatiane Chagas et al.. Projeto conte comigo: narrativas da formação docente. Anais III CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/22066>. Acesso em: 28/12/2024 13:21
Este artigo traz um recorte da nossa pesquisa sobre a produção de audiovisual dos alunos da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (FEBF) feito no Laboratório de Recursos Audiovisuais (LABORAV) e apresenta um dos episódios do projeto de produção audiovisual “Conte Comigo”, intitulado: O narrador O LABORAV consiste numa proposta idealizada por professores da FEBF que tem como objetivo fazer com que os alunos tenham oportunidade de realizar projetos próprios sem nenhuma obrigatoriedade de experiência com gravação ou edição de imagem, baseado na premissa do aprender fazendo. Iremos apresentar a análise de um dos projetos deste Laboratório,“O narrador”, que foi realizado durante o ano de 2014. Idealizado pelas alunas Eni e Carolina, ambas estudantes da licenciatura em pedagogia, que gravaram um vídeo explicando os aspectos pedagógicos da contação de histórias, sendo o principal aspecto ressaltado por elas é a transferência de conhecimento pela fala. Os vídeos também registram algumas versões das próprias crianças para contos tradicionais, assim como as atividades realizadas por grupos de alunos contadores de histórias que atuam nas escolas municipais de Duque de Caxias. Silverstone (2002)afirma que é por meio das narrativas orais, como as histórias, que construímos realidades, pois as narrativas constroem sentidos de experiência, de identidade e de memória. Sendo assim, é importante pensar essas mídias como veículos para a articulação de suas identidades e memória, pois ao gravar esses jovens estão construindo experiência e se constituindo. Nossa pesquisa entende a produção de audiovisual no espaço universitário como outra forma de aprender, uma experiência criativa, singular e necessariamente compartilhada, pensando o audiovisual como experiência estética, fora dos ideais padronizados, o que permite ampliar os desejos e criar novas possibilidades. Pois, como afirma Fresquet (2008), se você busca pela sensibilidade, você muda a escola e acrescenta: o cinema ganha, assim, um potencial incalculável que nos anima a pensar a educação como experiência.Procuramos caminhos teóricos que nos ajudassem a entender a relação da produção de audiovisuais do LABORAV com a formação dos futuros docentes da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense articulando com os conceitos de mediação de Martín-Barbero,de experiência de Walter Benjamin e Roger Silverstone, formação de si de Marie-Christine Josso e memória de Michael Pollak.