SILVA, Herton Renato De Albuquerque. Bullyng e gênero: brincadeiras versus agressões. Anais II CINTEDI... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/22739>. Acesso em: 25/11/2024 00:24
Durante muito tempo, a violência na escola tem se tornado algo muito comum ao longo da história sobre a educação no Brasil, principalmente entre crianças e jovens que estão em fase de desenvolvimento. Existem os vários tipos de violências, são elas verbal, psicológica ou até mesmo física. As violências que passam no campo emocional ou psicológico podem passar despercebidas no ambiente escolar, ou até mesmo na família e suas consequências podem ser devastadoras. Sendo assim é importante prestar atenção tanto para a violência física, a emocional ou psicológica, presentes no ambiente escolar. Considerar relevante qualquer queixa de agressão, mesmo que esta pareça pequena para quem está de fora da situação. Para quem foi ou se sentiu agredido com certeza não é pequena e nem sem importância. Analisar se na escola com os alunos do 1° ano, meninos que se sentem bem em brincar com objetos “femininos”, brincar com meninas o que leva os outros alunos a usarem de xingamentos, apelidos, agressões verbais do tipo “menininha”, “mulherzinha, dentre outros. Com isto pretendemos neste artigo tratar questões referentes ao bullyng que está interligado com a questão do gênero e práticas sexistas que são reforçadas por alguns profissionais que atuam na área. Para tanto foram realizadas observações da rotina das crianças, principalmente no horário do recreio, com o objetivo de compreendermos como se dão às relações de gênero no dia-a-dia das crianças. A partir do diagnóstico foi possível perceber a importância que temos como educadores no papel social junto a nossas crianças de oferecer o caminho do respeito às diferenças, já que muitas vezes nos deparamos com agressões de puro preconceito, intolerância e desafeto entre crianças e jovens do nosso ambiente escolar, dessa forma devemos combater esse tipo de comportamento que na maioria das vezes, tem como pano de fundo a falta de informação, ou até mesmo preconceitos vindo da própria escola. Assim, sugerimos a escola/professor (a) que incorporasse o debate das questões de gênero desde a educação infantil perpassando por todas as séries do fundamental I, fazendo projetos, leituras críticas de livros didáticos, refletindo sobre a prática escolar na perspectiva de gênero, desenvolvendo trabalhos que abordem a violência, o bullyng e práticas sexistas.