Artigo Anais I CNEH

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-1908

ENVELHECIMENTO ATIVO: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PESSOAS IDOSAS

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Publicado em 22 de novembro de 2016

Resumo

O fenômeno da longevidade é uma vitória, mas também um dos maiores desafios da humanidade, aumentando as demandas socioeconômicas no mundo. Diante destes desafios, a Organização Mundial de Saúde (OMS) promoveu a Política de Envelhecimento Ativo, que consiste em otimizar oportunidades de saúde, participação e segurança para melhorar a qualidade de vida da pessoa idosa. No Brasil esta nova visão do envelhecimento está gradativamente sendo incorporada nas diretrizes das políticas de saúde e de assistência social. Entretanto, apesar da relevância do tema, verificou-se que existem poucas pesquisas que consideram a visão do idoso sobre o envelhecimento ativo. Neste sentido, será utilizada a Teoria das Representações Sociais para conhecer essa visão entre os idosos. Assim a pesquisa teve como objetivo analisar as representações sociais do Envelhecimento Ativo, em idosos que fazem parte do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Idosos (SCFVI), da Proteção Social Básica do SUAS. Seguiu normativas éticas da resolução 466/2012, do CNS, foi realizada nos CRAS da cidade de João Pessoa-PB, com 50 idosos, utilizando um roteiro de entrevista semiestruturado e questões sobre dados sociodemográficos. Os resultados apresentados são dados preliminares do estudo em andamento. Os dados foram submetidos a estatística descritiva simples, por meio do SPSS, e à análise de conteúdo temática. Verificou-se que a maioria dos entrevistados é do sexo feminino (84%), tem uma média de idade de 70,2 anos, grau de escolaridade do ensino fundamental (66%), não trabalha (86%), e é aposentado (70%). Sobre a visão dos idosos, acerca do Envelhecimento Ativo, se destacaram categorias associando o envelhecimento ativo à prática de atividades físicas (17,09 %), a uma atitude positiva frente a velhice (16,24%), ao lazer e convívio social (15,38%), e a manter as atividades cotidianas (14,53%). Outras categorias associam o termo à independência e autonomia (9,40%), ter saúde (8,55%), ter a mente ativa (5,98%), ter uma boa alimentação (3,42%) e ter direitos (0,85%). Estas categorias revelam uma representação social positiva do Envelhecimento Ativo, ancorada na atividade, em uma atitude positiva frente ao envelhecimento, no lazer e convívio social e na independência e autonomia. Porém, alguns idosos associaram o termo a aspectos negativos da velhice (8,55%). Pode-se inferir da análise realizada que, apesar dos idosos entrevistados não apresentarem um conceito elaborado de Envelhecimento Ativo, como definido pela OMS, eles têm uma noção das suas principais dimensões, com exceção da dimensão sobre os direitos da pessoa idosa e sobre a participação no mercado de trabalho. Portanto, é necessário um trabalho de intervenção, por parte do SCVFI, com esses idosos para ampliar o seu conhecimento acerca do tema. Em relação ao Estado, compete aplicação de políticas públicas eficientes que atendam e melhorem a qualidade de vida na velhice. Também é necessário a intervenção dos SCFVI, que possibilitem aos idosos conhecer as diversas dimensões do Envelhecimento Ativo que, mesmo vivenciando, não associam ao termo. Por fim, é importante destacar a necessidade de realizar outras pesquisas sobre o tema.

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