, Thaísdasilvabizerra et al.. Estresse na velhice e sua correlação com a aprendizagem. Anais I CNEH... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/24482>. Acesso em: 21/11/2024 18:06
Com os avanços da tecnologia na área da saúde proporcionando condições de vida e hábitos mais saudáveis, a expectativa de vida vem tornando-se cada vez mais alta. O envelhecimento é marcado pela interação de fatores cronológicos, biológicos, psicológicos e sociais, provocando alterações e desgastes em vários sistemas funcionais que ocorrem de forma progressiva e irreversível. A aprendizagem é um processo que ocorre ao longo de todo o desenvolvimento humano, contudo, mudanças biológicas ocorridas pelo envelhecimento, alteram este processo. Com relação ao estresse, este é uma reação do organismo diante de situações ou muito difíceis ou muito excitantes, que podem ocorrer em qualquer pessoa, independentemente de idade, raça, sexo e situação socioeconômica. A educação na velhice é um dos meios mais importantes para integrar o idoso a sociedade, propondo-lhe oportunidades educativas que visem o bem estar, o desenvolvimento físico e mental, a autonomia, momentos para lidar e aliviar o estresse e as dificuldades diárias. A psicopedagogia surge então como base fundamental na elaboração de métodos que visem a autonomia, aprendizagem, criatividade, troca de conhecimentos, superando dificuldades através de estratégias focadas nas limitações do idoso. O presente estudo teve por objetivo principal verificar a presença do estresse em idosos e de que modo este se correlaciona com a cognição. Foi realizado com 42 idosos do município de João Pessoa/PB, sendo 85,70% do sexo feminino e 14,30% do masculino. Os resultados revelam que situações inesperadas são vividas como estressantes, ocasionando desequilíbrio emocional, que por fim, podem ocasionar doenças psíquicas. No presente estudo foi constatado que controlar as irritações é um aspecto positivo frente aos acontecimentos estressante. A capacidade de resiliência pode ser fator determinante para superação e controle do estresse. Idosos que praticam jogos de raciocínio lógico apresentam melhores desempenhos em atividades e cognição, ou seja, estímulos cognitivos melhoram o desempenho de atividades que envolvam concentração, raciocínio em memória. O estresse compromete o bem-estar do idoso, podendo provocar problemas físicos e mentais, falta de autonomia e insatisfações. As teorias que explicam as causas do declínio cognitivo descrevem que algumas perdas são inevitáveis, mas que o indivíduo pode buscar meios que amenizem essas perdas e encontrem estratégias de adquirir novas aprendizagens. Assim sendo, verificamos ser necessária a adoção de políticas públicas que realmente visem o bem-estar, a aprendizagem e o envelhecimento saudável dos indivíduos. Faz-se urgente também trabalhar o conceito do ser velho como uma fase boa da vida, não marcada apenas por perdas, mas também como fase de intensa sabedoria, experiências e ganhos.