O envelhecimento humano, antes considerado um acontecimento particularmente especial, hoje faz parte da realidade da maioria das sociedades. Com o envelhecimento, surgem as doenças crônicas degenerativas, a reabilitação tardia e os sinais de doença em fases avançadas, comprometendo, de forma geral, a funcionalidade e a qualidade de vida do idoso. Os bisfosfonatos tem sido indicado para o tratamento de pacientes com doenças ósseas (mieloma múltiplo, hipercalcemia secundária a neoplasia), metástases ósseas devido ao câncer (de mama, próstata, pulmão e rins) e doenças não malignas (osteopenia, osteoporose, reabsorção óssea induzida por esteroides e doença de Paget). No entanto, seu uso estar relacionado com diversos efeitos colaterais, como erosões e úlceras crônicas da mucosa oral, úlcera gástrica, esofagite, estenose esofágica, fratura atípica (subtrocantéreas e diafisárias), dor musculoesquelética e fibrilação atrial. Além desses, desde 2003 a osteonecrose dos maxilares também tem sido relatada como um importante efeito adverso relacionado a essa terapia medicamentosa. Este artigo tem o como objetivo mostrar os principais estudos sobre o uso dos bisfosfonatos e sua relação com o odontogeriatria através de uma revisão de literatura com base em um levantamento bibliográfico nas bases de dados MEDLINE, SciELO, e LILACS. Preferencialmente os cirurgiões dentistas, endocrinologistas e oncologistas deveriam adotar uma conduta preventiva, antes do tratamento com bisfosfonatos. Concluiu-se que o cirurgião-dentista assume um papel importante na prevenção e reabilitação das alterações relacionadas ao uso de bisfosfonatos, em especial, a osteonecrose dos maxilares, devido ao grande aumento da população idosa e o uso deste medicamento.