Segundo a Organização Mundial de Saúde Câncer é o crescimento descontrolado e disseminação de células. Ele pode afetar quase qualquer parte do corpo. Os crescimentos muitas vezes pode invadir o tecido circunvizinho e pode, por metástase, ir para locais distantes. As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo, estando inter-relacionadas. Fatores sociais e Ambientais assim como o aumento da expectativa de vida têm contribuído para o aumento das doenças crônico-degenerativas como também seus diferentes padrões de ocorrência em distintas regiões do país. A exposição a fatores de risco ambientais relacionados com o processo de industrialização, além de outros fatores relacionados com as disparidades sociais contribuem para a distribuição epidemiológica dos diversos tipos de câncer no Brasil. O tabaco e o álcool, associados à predisposição genética, têm sido relatados na literatura como os principais fatores de riscos para o CEC de boca. O papilomavírus humano (HPV) também pode comportar-se como mais um cocarcinógeno para o câncer de cavidade oral, assim como a radiação solar para carcinomas de lábio. .O objetivo desse trabalho foi o de descrever o perfil epidemiológico e clínico de indivíduos acima dos cinquenta anos, contidos no Sistema de Informação de Registros Hospitalares de Câncer, vinculado ao Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva relatando o perfil epidemiológico e clínico das neoplasias localizadas na cabeça e pescoço, de interesse odontológico no período de 2005 a 2015. Metodologia: Realizou-se um estudo descritivo com uma abordagem indtiva e procedimentos com estatísticos por meio de técnica de documentação indireta. Foram identificados durante o período analisado de n= 1.485 casos, o Hospital Dr. Luiz Antônio foi a entrada no sistema, a região primária com maior incidência de neoplasias foi a língua, o gênero masculino foi o mais prevalente, a etnia parda foi a de maior frequência, a baixa escolaridade, fumantes e que usam o álcool. O estadiamento IV foi o de maior incidência e o carcinoma escamocelular a neoplasia mais identificada. É fundamental que o monitoramento da morbimortalidade por câncer incorpore-se na rotina da gestão da saúde de modo a tonar-se instrumento essencial para o estabelecimento de ações de prevenção e controle do câncer e de seus fatores de risco.