Neste artigo realizamos uma reflexão sobre a concepção de educação infantil desenvolvida em uma instituição de ensino da rede municipal de educação de São Luís (MA), tendo em vista encaminhar novos percursos que apontam para importância de se inserir a brincadeira no cotidiano educativo das crianças da pré-escola. O debruçamento sobre essas questões parte de uma experiência de Estágio em Docência na Educação Infantil, do curso de Pedagogia da UFMA, realizado durante os meses de abril, maio e junho de ano de 2015. A partir da observação, análise e participação na rotina de atividades desenvolvidas em uma turma de 04 anos foram coletados os dados que integram este estudo, tendo em vista responder à seguinte problemática: que concepção de educação infantil tem as professoras da instituição pesquisada? Por meio da observação da rotina e análise dos dados coletados com base em autores Batista (2008), Mello (2007; 2009), entre outros, verificou-se a falta de um direcionamento para a especificidade da educação na infância pré-escolar. Valorizava-se claramente a concepção que defende a escolarização precoce, que prioriza o ensino de letras e ocupa o tempo da criança na escola, tomando o lugar da brincadeira, do faz-de-conta, da expressão por meio de diferentes linguagens, da conversa em pequenos grupos quando as crianças comentam experiências e conferem os significados que atribuem às situações vividas. Assim faz-se necessário preconizar novas formas de intervenção na educação infantil, diferenciadas do modelo de educação escolar, e que valorizem as brincadeiras, pois as mesmas configuram-se em atividades indispensáveis e fundamentais para o desenvolvimento das crianças, favorecendo a autoestima, a criatividade e a psique infantil, ocasionando, portanto, mudanças qualitativas em suas estruturas mentais.