SANTOS, Celiane Oliveira Dos. As culturas infantis e o recreio na pré-escola. Anais VIII FIPED... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/25038>. Acesso em: 24/11/2024 23:09
Este texto pretende discutir parte dos resultados de uma dissertação de mestrado, que focalizou o recreio como atividade da rotina na pré-escola. O recreio ocupa um lugar específico nos processos de transmissão e transformação cultural nos primeiros anos da experiência escolar das crianças, especialmente no que se refere à aquisição das chamadas culturas infantis (DELALANDE, 2012). Os estudos na área da Sociologia da Infância e da Socioantropologia da Infância, nomeadamente, as contribuições de Sarmento (2002, 2005, 2008), Pinto (1997) e Delalande (2001, 2011, 2012) constituíram o quadro teórico do presente estudo. Trata-se de uma investigação de natureza qualitativa, realizada em uma escola pública de Educação Infantil, na cidade de Fortaleza. Participou da pesquisa um grupo de oito crianças de cinco a seis anos de idade. Para a construção dos dados, foram realizadas entrevistas coletivas, utilizando a estratégia da História para Completar. Os registros consistiram no emprego de diário de campo, vídeo e gravador de voz (MP4). Os resultados apontam que a atividade do recreio representa uma das raras oportunidades na rotina das crianças da pré-escola para a realização de brincadeiras. É nesse tempo “livre” que as crianças conversam, encontram amigos, negociam papéis, realizam movimentos amplos, cantam, imaginam, transgridem, escolhem com quem brincar e do que brincar e assim produzem as culturas infantis.