O presente trabalho busca propor, em concordância com os Parâmetros Curriculares Nacionais, no que consiste ao ensino de artes e literatura, alternativas de abordagens e intercessões interdisciplinares para a formação do letramento literário em sala de aula. Isto é, nosso objetivo é propor outros caminhos, bem como novas possibilidades de encontros para inclusão das capacidades que conduz o aprender a ler e escrever. Considerando ainda, o mundo tomado pelas tecnologias da informação tanto no âmbito das relações sociais, quanto do ensino, e demais campos que compõem a sociedade, observa-se uma necessidade de adaptação e dinamismo por parte dos professores, assim como dos alunos, para a construção de aulas de literatura que contemplem não apenas a leitura de obras literárias em sua forma escrita, mas também possibilitem o uso de adaptações para desenvolver novas formas de subjetividade e fomento à leitura. Nossa posição é de que o cinema é um desses meios. Sendo assim, buscaremos através da obra O Castelo Animado da escritora Diana Wynne Jones e da adaptação do diretor Hayao Miyazaki, observar como se estabelece a relação dialógica entre texto literário e a adaptação. Além de aspectos ligados à representação da mulher, relações familiares e estratificações sociais discutidas em ambos os formatos. Objetivamos problematizar também como essas obras subvertem o modo tradicional de tematizações da estética corporal (padrões de beleza), da juventude, das relações familiares e de sentimentos. Não obstante, demonstrar como o cinema pode propor caminhos para a formação do letramento literário, bem como para construção de novos saberes. Nossa pesquisa está fundamentada em CÂNDIDO (2011), DUARTE (2002), FISCHER (1966), HALL (2003), entre outros.