Partindo-se de uma compreensão socio-histórica, percebe-se que os sujeitos aprendem durante o processo de socialização, a interpretar padrões de comportamento socialmente estabelecidos, fortemente alicerçados em diferenças sexuais, que guardam em si significados culturais valorativos, levando-os a agir como menino ou menina. Estes podem acabar por legitimar preconceitos fundamentadores da normatividade heterossexual, resultando em rigidez de estereótipos de gênero e hierarquização das relações sociais formadoras de preconceitos.
O trabalho, fruto de pesquisa bibliográfica, pretende fomentar as reflexões relativas às questões de gênero e sexualidade nas práticas escolares na Educação Básica, entendendo que a educação das crianças pode utilizar-se da literatura infanto-juvenil como um recurso pedagógico através do qual seja possível desmistificar as concepções historicamente construídas, tendo em consequencia o alcance de relações sociais de modo saudável, respeitoso, desde o âmbito escolar, para a construção de uma visão mais humana e igualitária das relações de gênero e das sexualidades.