Para a produção dos hidrocarbonetos da região pré-sal, muitos desafios devem ser superados, entre eles a alta heterogeneidade das rochas carbonáticas. Para a previsão do comportamento da produção de um reservatório é utilizada como principal ferramenta a simulação numérica de fluxo em meio poroso. A confiabilidade desta simulação é diretamente relacionada com a quantidade e qualidade das propriedades petrofísicas e de fluidos presentes no reservatório a ser estudado. Atualmente as técnicas geoestatísticas permitem a caracterização das propriedades de reservatório com alto grau de resolução. Porém, quanto maior o número de células presentes em uma malha, maior é o tempo de simulação, chegando a patamares inviáveis. Portanto, técnicas que possibilitem a diminuição do tempo de simulação, reduzindo o mínimo possível a confiabilidade dos resultados, são de extrema importância para este cenário. Uma destas técnicas é a transferência de escala, que consiste em adaptar a distribuição das propriedades petrofísicas de malhas finas para malhas mais grosseiras. Este trabalho procura identificar, através de revisão bibliográfica, as metodologias mais difundidas de transferência de escala e demonstrar por meio de um estudo de caso uma aplicação prática destas técnicas. Os resultados mostraram a dificuldade de generalizar uma maneira ótima para fazer a transferência de escala. Nos casos estudados o ganho de tempo foi muito significativo entre o modelo original e os modelos com escala transferida. O método de renormalização, que segue uma analogia com circuitos elétricos é aplicável a reservatórios com elevada heterogeneidade.