INTRODUÇÃO: A inserção da Linguagem Brasileira de Sinais (LIBRAS) no âmbito da saúde objetiva a comunicação e o acesso da pessoa com surdez aos diversos espaços públicos, com destaque para o direito ao acesso à política de saúde, favorecendo a inclusão, comunicação e humanização nos demais segmentos (educação, segurança e trânsito), bem como um melhor atendimento da pessoa surda e da comunidade, por meio da vivência e conhecimento da língua. Objetiva-se relatar a experiência de uma atividade extensionista relacionada ao uso da Libras. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por uma discente do curso de graduação em Enfermagem. Campus Caicó, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), durante o desenvolvimento do projeto de Extensão Universitária “Mãos que falam: o uso da língua brasileira de sinais na área da saúde”. As atividades foram direcionadas à comunicação entre surdos e ouvintes, com diversos atores e áreas: graduandos em enfermagem, professores (rede municipal, estadual e federal), motoristas, surdos e demais membros da comunidade caicoense e municípios circunvizinhos. O projeto vem sendo realizado desde agosto de 2016, com conclusão de uma turma (40 hs/aula), com 34 alunos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os temas foram trabalhados a partir de aulas expositivas, diálogos em libras, uso de apostilas, exercícios, interpretações de músicas, aulas de campo, vídeos, apresentações em grupos, teatro e reflexões direcionadas à comunicação entre surdos e ouvintes na sociedade. O curso extensionista teve por base o conhecimento da rotina e vida diária, com exercícios realizados de forma individual e em grupo, para avaliar o conteúdo repassado. Na interpretação dos sinais da Libras, demonstrou-se que a mesma faz parte do nosso cotidiano, trazendo sua importância nos gestos e convivência mais simples. CONCLUSÃO: O projeto tem proporcionado conhecimento no que se refere à legislação que ampara a pessoa surda, quanto ao direito do atendimento e comunicação na área da saúde e demais órgãos públicos. Sua execução é de grande importância para os profissionais da saúde, pois possibilita também um olhar ampliado sobre o papel do enfermeiro na sociedade e na comunidade surda, no que concerne à humanização do atendimento e relacionamento no processo de cuidado.