INTRODUÇÃO: A Doença de Alzheimer é uma patologia neurodegenerativa que atinge normalmente a população idosa, trata-se de uma das formas mais comuns de demência. Caracteriza-se, histopatologicamente, pela maciça perda sináptica e pela morte neuronal observada nas regiões cerebrais responsáveis pelas funções cognitivas ocorrendo perda da memória e de outras habilidades intelectuais. O tratamento fisioterapêutico pode ser realizado através da cinesioterapia e hidroterapia associado no padrão respiratório diafragmático. É necessário mais estudos e aprofundamento nessa doença que afeta a vida de tantas pessoas, diante disso, o objetivo desta revisão bibliográfica foi demostrar os benefícios da fisioterapia nos sintomas da doença de Alzheimer. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica a partir de artigos selecionados das bases de dados das plataformas, SCIELO, PubMed, LILACS, e revistas eletrônicas de saúde. O período das publicações correspondeu entre 2000 e 2016, em língua portuguesa e inglesa, aplicando os seguintes descritores: Fisioterapia, Tratamento de Alzheimer, Doença de Alzheimer. Dos 39 trabalhos obtidos, foram utilizados 27. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A DA pode ser dividida em três estágios evolutivos: Estágio inicial: quando ocorre o surgimento dos primeiros sintomas de déficit de alterações na memória; personalidade e nas habilidades visuais e espaciais. Estágio moderado: dificuldade para falar; realizar tarefas simples e coordenar movimentos; agitação e insônia. Estágio grave: resistência à execução de tarefas diárias; incontinência urinária e fecal; dificuldade para comer; deficiência motora progressiva; restrição ao leito; mutismo; dor à deglutição e infecções intercorrentes. Os sintomas podem se dividir em três classes: cognitivos, não-cognitivos e funcionais. Os cognitivos vão estar relacionados com a perda de memória, apraxia, agnosia, desorientação (dificuldade na percepção temporal e incapacidade de reconhecer pessoas conhecidas) e déficit na função executiva. Os não-cognitivos estão associados a depressão, sintomas psicóticos e distúrbios comportamentais (hiperatividade motora, agressão verbal e física). Os funcionais estão ligados a incapacidade de realizar atividades para cuidar de si como se vestir, cuidar da própria higiene e se alimentar sozinho. Intervenção fisioterapêutica vai auxiliar estimulando as funções vitais do cérebro, os circuitos neurais, focalizando atenção, associando fatos a imagens, auxiliando no planejamento motor e desenvolvendo pistas cognitivas que ajudem a realizar determinadas tarefas. A fisioterapia instrui orientações à família ou cuidadores, adequa o ambiente físico conforme as necessidades do mesmo, preveni complicações como quedas, perda de mobilidade articular e deformidades, e assim melhora a qualidade de vida do individuo portador do mal de Alzheimer. Mesmo havendo dificuldades e resistência do individuo com a doença de Alzheimer em fazer atividade física, vale lembrar que o exercício proporciona a sensação de bem-estar, aumentando a qualidade de vida dos mesmos. CONCLUSÕES: Conclui-se, através deste estudo, que a fisioterapia é fundamental na prevenção e durante a Doença de Alzheimer, pois proporciona a recuperação de funções cognitivas, humor, autoestima do paciente e diminuição da sobrecarga do cuidador beneficiando o paciente. Dessa forma, a intervenção fisioterapêutica contribui em qualquer fase da doença de Alzheimer agindo sobre os aspectos mencionados.