HOLANDA, Geane Sara De et al.. . Anais II CONBRACIS... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/29375>. Acesso em: 24/11/2024 22:49
Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) decorre de distúrbios focais (por vezes global) da função neurológica com uma evolução rápida. Subdivide-se em isquêmico e hemorrágico. Tem caráter mais incapacitante que fatal. O gênero masculino, por uma postura machista incorporada ao longo de toda história, se mantém mais afastado dos serviços e cuida-se menos que o feminino, essa condição faz com que os homens ocupem elevados índices de morbi-mortalidade, dados disponibilizados no sistema de informação do DATASUS. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo investigar e analisar a ocorrência de internações e óbitos hospitalares causados por Acidente Vascular Cerebral na Região Nordeste e no Brasil. Métodos: Trata-se de um estudo exploratório, de cunho epidemiológico, de abordagem quantitativa, com análise descritiva. A pesquisa foi realizada através do DATASUS , utilizando os dados da Região Nordeste e de todo território Nacional, nos períodos de 2006 a 2012, do Sistema de Informação Hospitalar. A amostra é composta dos registros de internações e óbitos dos homens da faixa etária compreendida entre 20 e 59 anos com o diagnóstico de AVC, constante no DATASUS. Resultados: Observa que No âmbito nacional houve uma oscilação no índice total de internações e óbitos por AVC nas faixas etárias no período analisado, excetuando-se o grupo de 30-39 anos que apresentou uma redução de 2010 a 2012. Observa-se uma média de 2.416 internações e de 514 óbitos anos, com regressão percentual média de 0,2% nas internações e 6,9% nos óbitos. O grupo de 50-59 anos foi o que mais se destacou no número de internações e óbitos, com 9.988 e 1.828 notificações respectivamente. O AVC neste estudo permaneceu como a terceira causa de internações e a segunda de óbitos no Brasil. Na região Nordeste, apontam uma redução do número total de internações nos anos de 2007 e 2008, seguido de um aumento nos anos posteriores. Nos grupos etários, excluindo-se o grupo de 40-49 anos, todos se mantiveram oscilantes. Comportamento semelhante teve o número de óbitos, só que em todas as faixas etárias. Anualmente observou-se uma média de 298 internações e de 76 óbitos, com um aumento percentual médio de 2,6% nas internações e 5,1% nos óbitos. Analisando as faixas etárias destaca-se o grupo de 50-59 anos, que apresentou maior índice de internações e óbitos, sendo respectivamente 1.126 (53,9%) e 225 notificações. As demais faixas etárias juntas pontuaram 961 internações e 306 óbitos. Conclusões: As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte e internações hospitalares na modernidade. Para se mudar essa realidade é necessário melhor aplicação dos recursos públicos para esta clientela. O Nordeste brasileiro por se tratar de uma região pobre, apresenta dificuldades nos três níveis de atenção, principalmente pelo fato de ter uma boa parcela de sua população residindo em zona rural ou em pequenos municípios que não dispõem de unidade de suporte à vida rápido e adequado