As Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) são caracterizadas pela alta especialização e tecnologia, para tratamento de pacientes críticos, que necessitam de um suporte de vida intensivo, e, devido à complexidade do estado em que estes pacientes se encontram, estes se tornam mais propensos a adquirir Infecções Hospitalares (IH). Em função desses fatores, o presente trabalho apresenta uma revisão bibliográfica não exaustiva acerca dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de infecção hospitalar na unidade de terapia intensiva. Objetiva-se, portanto, apresentar os principais fatores de risco presentes no desenvolvimento da infecção no trato urinário, no trato respiratório, infecção da corrente sanguínea e infecção do sítio cirúrgico, citadas como as mais frequentes no contexto hospitalar. A partir de estudos presentes na literatura corrente, é possível observar que os fatores de risco para o desenvolvimento de IH estão relacionados aos procedimentos invasivos que interferem nas barreiras naturais de defesa do organismo e que favorecem a introdução de patógenos. A utilização de antimicrobiano, idade, gravidade da doença de base, tempo de internação prolongado, entre outros fatores, são elencados entre os fatores que favorecem a ocorrência de IH. Ressalta-se que a IH pode ser prevenida ou controlada através de medidas de prevenção, como a higienização das mãos, um ato simples, porém fundamental no contato com os pacientes. Cabe aos enfermeiros, profissionais que são responsáveis pelo cuidado direto com o paciente, adequar-se e educar a sua equipe quanto a prática diária dessas medidas. Os autores que tratam das questões relativas a IH asseveram a necessidade de que sejam tomados cuidados básicos com os equipamentos que são dispensados no tratamento dos pacientes e que a educação em saúde é uma necessidade constante na formação e atuação dos profissionais em saúde que lidam diariamente com pacientes propensos a adquirir alguma infecção durante permanência na UTI. A literatura carece de estudos empíricos com profissionais da saúde acerca dos seus cuidados em saúde, no que diz respeito, especificamente, à prevenção de IH.