O número de infecções ocasionadas por cocobacilos ou curtos bastonetes Gram negativos não fermentadores da glicose, dentre eles pelos componentes do gênero Acinetobacter têm aumentado nos últimos anos. Infecções Acinetobacter baumannii têm grande relevância médica envolvido em um amplo espectro de infecções hospitalares, incluindo bacteremia, meningite e infecção do trato urinário. Sua maior prevalência é como agente de pneumonia hospitalar, particularmente pneumonia associada à ventilação mecânica em unidades de terapia intensiva. A habilidade deste patógeno em desenvolver mecanismos de resistência múltipla aos antimicrobianos limita a disponibilidade de opções terapêuticas, dificultando o tratamento destas infecções e elevando os índices de mortalidade. Metalo-beta-lactamases e, mais prevalentemente, oxacilinases são a causa mais preocupante de resistência adquirida onde, surtos associados à produção de OXA-carbapenemases vêm sendo descritos em diferentes países desde o final da década de 1990, e a disseminação de clones epidêmicos tem sido documentada. Os carbapenens que já foram utilizados como tratamento das infecções causadas por este patógeno, mas atualmente as elevadas taxas de resistência a essa classe de antimicrobianos têm limitado as opções terapêuticas. De modo que a relevância deste estudo consiste em apresentar algumas considerações taxonômicas, fenotípicas e genéticas deste gênero ubiquitário, destacando a necessidade de métodos de detecção precoce da colonização e/ou infecção por estes micro-organismos, principalmente no ambiente hospitalar, possibilitando assim a adequação de medidas preventivas e terapêuticas antimicrobianas adequadas.