Introdução: A Instituição de Longa Permanência é um estabelecimento que visa acolher pessoas que possuem 60 anos ou mais, dependentes ou não, que indispõem de condições para permanecer com a família e/ou no seu domicílio. O idoso sofre quando é privado de seu convívio, seus costumes e relacionamentos e a dificuldade de se adaptar às novas situações pode gerar um isolamento social, acarretando em problemas na sua saúde física e mental. Objetivo: compreender a percepção dos idosos sobre as mudanças advindas da institucionalização. Metodologia: estudo exploratório, descritivo, com abordagem qualitativa, realizado com seis idosos que residem em uma Instituição de Longa Permanência, na cidade de Cajazeiras – PB. Os dados foram coletados por meio de entrevista utilizando um roteiro semiestruturado e analisados mediante a Técnica de Análise de Conteúdo proposta por Bardin. Resultados: a maioria dos idosos é do sexo feminino, com idade entre 70 e 90 anos, viúvas, católicas, com ensino fundamental incompleto e renda de um salário mínimo. A maior parte dos idosos possui filhos e dentre os motivos que os levaram à institucionalização, destacam-se a solidão e o abandono familiar. Após a análise dos discursos, surgiram duas categorias: Mudanças advindas da institucionalização e Vivências na Instituição de Longa Permanência. Conclusão: as mudanças em suas atividades cotidianas, a perda das ocupações e o abandono da família e das expectativas de retornar ao convívio familiar, podem resultar na diminuição da motivação e da autoestima, provocando alterações físicas e psicológicas e comprometendo a qualidade de vida desses idosos. Nessa perspectiva, faz-se necessária a implementação de novas estratégias, como a realização de atividades lúdicas e brincadeiras, as quais gerem prazer aos idosos e despertem sua criatividade, imaginação e melhorem o seu relacionamento com as pessoas que o cercam.