FERNANDES, Nathália Maria Silva et al.. . Anais II CONBRACIS... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/29689>. Acesso em: 24/11/2024 21:13
A úlcera venosa é caracterizada pela insuficiência venosa crônica proveniente de causas que interferem no retorno venoso do sangue. Estas feridas são caracterizadas pela quantidade abundante de exsudato e umidade, que consequentemente aumentam as chances de proliferação bacteriana, ocasionando a formação do biofilme. Atualmente contamos com materiais disponíveis no mercado para atuar nestes casos, e a espuma de poliuretano com PHMB (Polihexametileno-Biguanida), por exemplo, veio para contribuir no tratamento destas lesões. Objetivo: Relatar a eficácia da espuma de poliuretano com PHMB no tratamento de uma úlcera venosa de difícil cicatrização. Metodologia: Trata-se de um estudo de caso, com abordagem qualitativa, do tipo descritivo e documental, proveniente da experiência de estágio em uma clínica especializada em curativos na cidade de Campina Grande, Paraíba. A coleta de dados foi realizada por meio dos documentos armazenados na pasta individual do paciente, contendo os registros fotográficos das lesões e a ficha de admissão com o histórico e as condutas traçadas para o programa de tratamento. Para o complemento do estudo e embasamento científico, foi consultado o portal regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Os critérios de inclusão: artigos em português, disponíveis na íntegra e gratuitamente. Resultados e discussões: M.C.A.M, 60 anos, sexo feminino, proveniente da zona rural do município de Soledade-PB, foi admitida na clínica no dia 03/09/2014. Antecedentes pessoais: diabetes mellitus e hipertensão arterial. Paciente portadora de úlcera venosa em MID, apresentando tecido fibrinoso e de granulação, com evidência de exsudato de aspecto linfático. Foi indicado o tratamento no centro especializado através de curativos, com a frequência de duas vezes por semana. Nos últimos 6 meses, a lesão apresentava pouca evolução diante dos tratamentos ofertados, encontrava-se com as bordas maceradas, áreas de esfacelos, tecido de granulação friável e exsudativa. A partir disso, optou-se por utilizar a espuma de poliuretano com PHMB. A terapêutica foi iniciada no dia 09/12/2016, a cicatrização evoluiu exponencialmente em cinco dias e após duas semanas a ferida evolui próximo da alta. A espuma facilitou a dissociação de biofilme através da sua propriedade bactericida e controlou a umidade por meio da absorção. Conclusão: Apesar do pouco tempo que o uso da espuma foi instituído para o tratamento deste(a) paciente, a lesão apresentou uma evolução significativa que confirma a eficácia do material. Precisamos destacar que aliado a isso, a adesão terapêutica e o cumprimento das orientações repassadas contribuíram para o sucesso do tratamento. Indica-se novos estudos sobre a temática.