Artigo Anais II CONBRACIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2525-6696

USO DAS MARCAS DE MORDIDAS NA IDENTIFICAÇÃO HUMANA

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Publicado em 14 de junho de 2017

Resumo

Uma importante área de atuação da Odontologia Legal é o reconhecimento e a interpretação de lesões e marcas produzidas por mordida humana. O objetivo deste trabalho foi revisar a literatura através de pesquisa em banco de dados com os seguintes descritores: Bite marks / Marcas de mordidas, Forensic dentistry / Odontologia Legal e Human identification/ Identificação humana, demonstrando o papel e a importância do uso das marcas de mordidas deixadas nas vítimas em casos de necessidade de identificação humana, e se esse método realmente é eficiente no trabalho da perícia criminal. O estudo das marcas de mordida na odontologia forense é efetuado observando-se o tamanho, localização, forma e algumas características específicas das unidades dentárias, bem como a impressão das mesmas na pele, alimentos ou outros objetos. Quando a marca é produzida na pele, essas lesões podem se apresentar com aspectos bem característicos e de fácil identificação devido ao seu aspecto próprio e inconfundível. O odontolegista ao observar a lesão, analisa primeiramente se esta foi produzida por um ser humano ou um animal; verifica a existência de equimoses e outras lesões, e diagnostica se foram produzidas em vida ou post-mortem (nos cadáveres). Comprovado que a marca foi produzida por um ser humano, segue-se à realização de exames na vítima do ataque e no possível suspeito. Efetuado o levantamento, todos os dados da vítima e do suspeito são comparados e apresentados ao tribunal. A presença de odontolegistas nos Institutos Médico-Legais faz-se importante, no intuito de agregar conhecimento e contribuir em casos onde a identificação humana é difícil ou requer maior agilidade frente a grande demanda. O conhecimento das particularidades das marcas de mordida é de real valor, dado que podem ser usadas para provar o contato entre o agressor e a vítima, representando muitas vezes a única evidência existente; sendo por isso, frequentemente, fundamental para o sucesso da perícia criminal.

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