Artigo Anais do X Congresso Internacional de Educação Fisica e Motricidade Humana e XVI Simpósio Paulista de Educação Física

ANAIS de Evento

ISSN: 2527-2268

A FORMAÇÃO INICIAL DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA A SAÚDE

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Publicado em 15 de junho de 2017

Resumo

Apesar da legitimação dos profissionais de Educação Física para a área da Saúde há quase vinte anos, bem como legislações e ações do exercício profissional, a formação inicial do bacharel em Educação Física ainda apresenta lacunas quanto à preparação do egresso ao mercado profissional enquanto agente multidisciplinar em instituições de saúde. O Programa de Educação para o Trabalho de Saúde (PET) conforme edital 13/2015 é um projeto de incentivo do governo federal em parceria com as instituições de formação inicial e Sistema Único de Saúde (SUS), com duração de 24 meses. Este estudo tem como objetivo relatar as ações protagonizadas pelo grupo de Educação Física da UEPG no primeiro ano de participação no PET, apontando as necessidades verificadas e seus desdobramentos rumo à formação inicial do acadêmico. Três docentes da instituição (tutores), três profissionais de Educação Física (preceptores) atuantes no SUS e três acadêmicos compõem o grupo; desenvolvendo quatro subprojetos junto aos pacientes vinculados às unidades de saúde. Inicialmente, para a realização dos subprojetos é preconizada a ambientação e vivência do acadêmico junto à rotina de serviço do SUS em conjunto com toda a equipe multidisciplinar da unidade, etapa essencial para o fomento do trabalho multidisciplinar. Num segundo momento, as vivências são discutidas para a realização de propostas interventivas junto à unidade. Compactuada a proposta são realizadas avaliações de forma a acompanhar o desenvolvimento do trabalho, onde semanalmente são discutidas em reuniões com a equipe do PET. Estão sendo realizadas as seguintes intervenções: atividades recreativas para indivíduos hipertensos; circuito aeróbio para pacientes com transtornos mentais leves; tai chi chuan para terceira idade e atividade física para pacientes com transtornos mentais severos; em três unidades de Saúde, com a participação de quatrocentos pacientes. As ações do PET permitiram a observação de fragilidades quanto à formação inicial do acadêmico no curso, tanto em relação aos conteúdos a serem contemplados e discutidos nas disciplinas, quanto às práticas para o exercício multiprofissional, numa abordagem terapêutica e sinergista para a saúde. Nesta perspectiva foi verificada a necessidade de repensar um currículo que permita a construções de habilidades e competências para o exercício do profissional na saúde coletiva. Os desdobramentos realizados se caracterizaram pela inserção do SUS, do Programa de Residência Multiprofissional em Reabilitação do Hospital Universitário da UEPG e espaços de saúde do município, como campo obrigatório da disciplina de “Estágio Curricular Supervisionado para Bacharel em Educação Física I” e para o desenvolvimento de “Atividades Complementares” e pela criação do Grupo de Pesquisa em Exercício Físico e Saúde (GPEFS). Reconhecendo o SUS como campo de prática para o ensino, pesquisa e extensão, assim como campo de atuação profissional, as reestruturações curriculares do Curso de Bacharelado em Educação Física da UEPG, poderiam contribuir para o fortalecimento da qualificação do egresso profissional de Educação Física na Saúde Coletiva, visando sua participação nas equipes multidisciplinares da área da saúde e conseqüente melhoria da qualidade de atendimento à população. Apoio PET Saúde GraduaSus/MEC/MS.

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