OGLIARI, Marlene Maria. Intervir para não excluir. Anais I CONBRALE... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/30309>. Acesso em: 24/11/2024 20:39
Dificuldades de aprendizagem no início da fase de alfabetização e letramento escolar são bastante recorrentes, principalmente em alunos oriundos de um contexto onde a escrita tem uma função restrita. Acrescenta-se a isso o fato de que “a passagem do texto oral para a forma escrita implica a passagem do sujeito de uma fronteira a outra (...)” e, para isso é preciso desfazer-se desse texto e, “... em outro lugar, com outra forma e a partir de uma estrutura diferente, fazer-se texto novamente”. (FARIA, 1997, p. 119). Essa relação sujeito linguagem é o objeto de estudo de uma pesquisa em andamento, tendo como base metodológica a pesquisa-ação. Seguindo os princípios orientadores deste tipo de pesquisa, aplicamos um diagnóstico a 36 anos do 3º ano do Ensino Fundamental de uma Escola Municipal localizada em Garanhuns-PE. Os dados revelaram que 4 alunos poderiam ser considerados alfabetizados, enquanto os demais não dominavam a necessária técnica do codificar e decodificar a língua escrita. Propomos sequências didáticas centradas no desenvolvimento da consciência fonológica e contação de histórias para grupos de 12 e 10 desses alunos. Os resultados ainda iniciais estão revelando avanços na relação sujeito linguagem e na inserção desses alunos no grupo dos alfabetizados, eliminando partes de um processo de exclusão social.