Trata-se de uma reflexão sobre os modos como escritoras negras brasileiras e chinesas, mais especificamente Conceição Evaristo e Xie Xinran, reinventam subjetividades para si, a partir de um contexto de violências, de negação de direitos para mulheres. Para tanto nos debruçaremos sobre textos das duas escritoras, de modo que possamos, com referencial teórico condizente, debater sobre a questão proposta e suas implicações inclusive no campo político cultural e científico. Nesse sentido, trataremos não só da questão da subjetividade feminina, através das escrevivências das duas autoras, bem como de políticas públicas para os sujeitos femininos, para escritoras; da noção de arte que encenam ao ressignificar sentidos atribuídos para a sua existência, assim como da lição de reexistência que nos ensinam e nos demanda um outro posicionamento enquanto leitor-professor-mediador, enfim enquanto sujeito no jogo geopolítico local, nacional e internacional.