OLIVEIRA, Iranilson Buriti De et al.. . Anais COPRECIS... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/31455>. Acesso em: 24/11/2024 21:52
Este artigo, fruto de uma pesquisa desenvolvida com o apoio do CNPq, tem como objetivo a análise dos discursos médico-higienistas de profissionais dentistas sobre as crianças colombianas na década de 1930 veiculados em um periódico colombiano que circulou em vários departamentos daquele país denominado Revista Salud y Sanidad. Para tanto, uma pesquisa documental de abordagem bibliográfica e exploratória foi desenvolvida. Na análise, dialogamos metodologicamente com a Nova História Cultural, o que nos possibilitou problematizar as formas de ler e os modos de prescrever o corpo higienizado, civilizado, moderno e educado na ótica da assistência à saúde bucal infantil. Considera-se que a compreensão da saúde bucal como uma estratégia adotada pelo Estado colombiano em prol da modernidade de seus cidadãos, desdobra-se no entendimento de que as crianças foram alvos de uma série práticas assistencialistas e de métodos normativos. Estes métodos são encontrados em uma série de estratégias políticas que envolviam as atividades familiares; os exercícios desenvolvidos nas escolas e nas atividades profissionais, nas quais se situam os dentistas, inseridos nos espaços escolares para assistirem, cuidarem e prevenirem doenças, promovendo regulamentos sobre corpos saudáveis por meio de avaliações clínicas e de incentivo a práticas como a escovação. Para tanto, a adoção de estratégias políticas (públicas e privadas), educativas, higienistas e morais foram aplicadas para modelar, orientar cidadãos, trabalhadores e controlar as enfermidades sociais visando o progresso nacional. Dessa forma, a publicação e circulação de boletins e impressos foram estratégias utilizadas para divulgar os preceitos da “boa higiene” da boca e do corpo em geral.