ARAÚJO, Edna Maria Nóbrega et al.. . Anais COPRECIS... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/31456>. Acesso em: 24/11/2024 21:56
As mudanças atravessam os corpos, a vida, a história. Pensar o conceito de corpo como sendo histórico é pensá-lo como sendo produzido a partir das diferentes práticas culturais e sociais que cercam a experiência humana. O corpo é múltiplo. A multiplicidade dos seus sentidos pode ser reconhecida ao serem observadas as diferentes alterações do seu conceito ao ser atravessado pelo tempo que, por sua vez, também modifica o conceito de beleza. Pretende-se mostrar que, a partir das últimas décadas do século XX e início do XXI, as mulheres encontraram nas dietas uma forma para modificar a aparência, esculpir ou desenhar o corpo segundo os padrões estabelecidos para a beleza feminina. A beleza passou a ser vista como possibilidade de construção e, por isso, a ser estimulada como algo a ser conquistado. No controle dos corpos femininos a regra passa a ser a da exibição de, por exemplo, um corpo magro, uma barriga tanquinho, pernas e braços bem definidos, seios e nádegas volumosos, cintura bem delimitada. Dentro dessa perspectiva, cada mulher torna-se responsável pela sua própria beleza. Diante das possibilidades disponíveis no mercado, e divulgadas pela mídia, a beleza, conforme é anunciada nas revistas, tornou-se um “direito de todas as mulheres” Nesse sentido, deve-se destacar o papel das Revistas, que publicam conselhos, recomendações, dicas de famosos e especialistas, que mostram caminhos e atitudes que devem ser seguidos pelas mulheres para se tornarem belas e que ao mostrar discursos de mulheres felizes que afirmam o sucesso das dietas, seduzem outras que sofrem por não conseguir perder peso. As fontes utilizadas foram: Veja, Isso É, Dieta Já, Corpo a Corpo e Boa Forma.