SILVA, Eleonora F?Lix Da. O gosto da nordestinidade com “o pequeno príncipe em cordel”. Anais COPRECIS... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/31583>. Acesso em: 25/11/2024 01:44
O presente trabalho trata de uma prática educativa através de um projeto pedagógico interdisciplinar elaborado pelas professoras Amanda Sudério e Eleonora Félix da Silva, como proposta de trabalho para uma educação que estimule o prazer da leitura e, por conseguinte, a produção textual, tematizando valores humanos, inclusive a valorização da nordestinidade. A ideia de desenvolver um trabalho inovador partiu do diagnóstico da aprendizagem dos educandos que apresentam um certo desinteresse pela leitura. O projeto a ser desenvolvido nasceu da vontade de motivar os discentes para o prazer da leitura enquanto atividade lúdica. A problemática central parte da necessidade de despertar nos educandos o prazer da leitura ao conhecer uma obra que é uma adaptação de um dos livros mais lidos no mundo como é o caso do livro “Le Pettit Prince”, “O Pequeno Príncipe” do autor francês Antoine Jean-Baptiste Marie Roger de Saint-Exupéry, publicado pela primeira vez em 1943. Inclusive, partiremos de uma apresentação do clássico em diferentes edições para chegarmos ao livro “O Pequeno Príncipe em Cordel” do pernambucano Josué Limeira, lançado em 2015 pela Editora Carpe Diem. Um dos objetivos do projeto é desenvolver, nos alunos, o gosto pela leitura e reconhecer o valor da cultura nordestina posto que, a obra que foi escolhida é uma adaptação do referido clássico para o contexto do Nordeste brasileiro, trata-se de uma releitura do livro de Exupéry adaptado à linguagem do cordel, literatura tão peculiar à cultura nordestina. O projeto justifica-se pelas dificuldades que envolvem o ensino de leitura, que é verificado como um dos múltiplos desafios de ensino de forma geral, mas especialmente paras aulas de História e Língua Portuguesa. No tocante a Língua Portuguesa, coaduna para a desconstrução do conceito de leitura que permeia a sociedade, de que “ler é decodificar”. A leitura enquanto processo de construção de conhecimento, ler nas entrelinhas, o não dito, contribuindo para a formação de um aluno/leitor crítico. Quanto ao ensino de História, é imprescindível a leitura para a interpretação dos fatos históricos e desenvolvimento da criticidade e, assim, consolidar uma consciência histórica da sociedade me que vivem.