ARAÚJO, Edmara Mendes De et al.. . Anais I CONGREPICS... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/32071>. Acesso em: 24/11/2024 21:00
INTRODUÇÃO: A Reforma Psiquiátrica brasileira colaborou para que houvesse um novo significado no campo de saberes e práticas da saúde mental ao propor uma mudança no cenário do paradigma manicomial, caracterizado pela exclusão social e pelo olhar apenas hegemônico voltado para a patologia do indivíduo, mudando assim a forma de cuidado. Nesse sentido novos serviços de saúde vêm se constituindo como espaços significativos para a saúde mental, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que promovem a construção de um cuidado acolhedor, favorecendo o exercício da cidadania e da inclusão social dos usuários e de suas famílias. OBJETIVO: Averiguar a concepção dos usuários e profissionais do CAPS sobre a importância da música na saúde mental. MÉTODO: O presente estudo é uma abordagem qualitativa, de tipologia descritiva. A pesquisa foi desenvolvida no Centro de Atenção Psicossocial, localizado na Rua São Sebastião- Centro, no município de Picuí/ PB. Os participantes da pesquisa foram os profissionais do CAPS e usuários que participaram do Coral “Loucos pela Vida”, que já existente no serviço, bem como, os profissionais de ensino superior que lá atuam. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A utilização de recursos terapêuticos que envolvem a música vem exercendo um papel fundamental na saúde mental, favorecendo algumas transformações comportamentais e sociais nos indivíduos. Nos discursos dos profissionais e usuários, eles expressam a importância da música como recurso terapêutico no CAPS, pois permite a criação de vínculos, favorece a socialização, melhora a autoestima, além de promover a integração social o resgate das emoções e fatos que retratam as alegrias já vividas estimulando assim uma maior capacidade de interação social. Neste contexto, a enfermagem utiliza diferentes métodos de cuidado na saúde mental, dentre eles, a musicoterapia colaborando para o alívio da ansiedade, e do estresse, proporcionando relaxamento, e beneficiando em casos de isolamento social. CONCLUSÕES: A musicoterapia, como prática integrativa e complementar, é um importante recurso, especialmente no âmbito da saúde mental. Portanto é de suma valia a implementação dessa prática na atenção aos usuários dos CAPS, como forma de incentivar o desenvolvimento cognitivo, reduzir o nível de ansiedade e depressão e promover a interação social.