SILVA, Louise Pereira Da et al.. . Anais II CONIDIS... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/33589>. Acesso em: 24/11/2024 22:19
O conforto térmico externo depende dos elementos climáticos locais e o conforto térmico interno pode ser controlado ou criado, sendo denominado de ambiente artificial. O homem é um animal homeotérmico, ou seja, possui temperatura interna específica. A sensação térmica é influenciada por diversos elementos climáticos, dentre os quais a temperatura média e a umidade relativa do ar são extremamente relevantes. A sensação térmica diverge em cada indivíduo, por razões do tipo psicológica ou comportamental, as quais influenciam na percepção térmica. Contudo, há maneiras de estimar a sensação térmica objetivamente. A umidade relativa do ar elevada pode formar uma barreira no ambiente, induzindo o aumento ou diminuição da temperatura, principalmente quando não há circulação de ar. Sendo assim, o vento também é relevante na sensação térmica. Dessa maneira, o presente artigo teve como objetivo entender o comportamento e a evolução do índice de calor, além da temperatura e da umidade relativa do ar, nas mesorregiões do Sertão Paraibano e da Mata Paraibana, a partir da análise de séries temporais desses indicadores. O índice de calor (ou heat index) foi criado a partir da análise de diversos aspectos atmosféricos juntamente com o comportamento do corpo humano. Após uma série de pesquisas, uma equação foi obtida em que as variáveis são dois elementos climáticos: a temperatura média e a umidade relativa do ar. Isto tornou a equação mais simples, compreensível e usual. Os locais elegidos para este estudo foram às mesorregiões da Mata Paraibana e do Sertão Paraibano, que dispõem de climas distintos, ambas situadas no Estado da Paraíba. A estatística utilizada foi o método de Mann-Kendall, para análise dos seguintes parâmetros: temperatura média do ar, umidade relativa do ar e os resultados do índice de calor, nos seguintes períodos: anual, semestral, trimestral e mensal. A maioria dos dados da temperatura média e do índice de calor tiveram tendências de crescimento e um elevado grau de confiabilidade nas duas mesorregiões. Nos últimos dez anos, a sensação térmica mensal alcançou as faixas de cuidado e, em alguns meses cuidado extremo, nas duas mesorregiões estudadas.