A aposentadoria é uma fase de transição na vida do (a) trabalhador (a) que implica fundamentalmente em mudanças e tem uma relação objetiva com o trabalho e o envelhecimento, considerando que a atividade laborativa perpassa os vários ciclos da vida do indivíduo culminando com o ciclo da velhice para a maioria. Na construção de um Programa de Preparação para Aposentadoria (PPA), devem-se considerar vários aspectos que podem comprometer uma organização favorável sob os aspectos externos e individuais para este período da vida. O aumento da expectativa de vida da população brasileira aliada ao crescimento do número de servidores públicos pré-aposentados tem consolidado uma enorme demanda por programas de educação para aposentadoria. Segundo (FRANÇA, 2013) é relevante o investimento em ações de baixo custo e fácil implementação que fortaleçam tais políticas e proporcionem aos trabalhadores uma melhor adaptação à aposentadoria. A Intervenção Breve (IB) é uma estratégia de atendimento com tempo limitado, cujo foco é a mudança de comportamento do paciente e utiliza de alguns elementos apontados como princípios ativos para sua efetividade. Objetivos: Contribuir para que os servidores vivenciem uma aposentadoria de forma positiva com envelhecimento ativo; Incentivar os participantes a elaboração de um projeto de vida pós-aposentadoria com construção de metas que mantenham a autoestima elevada e motivação para novas atividades e oportunidades; Favorecer a reflexão das situações, emoções e sentimentos que envolvem o evento da aposentadoria. Metodologia: A Interveção Breve (IB) foi aplicada no formato grupal em um encontro na Unidade SIASS/INSS-AL. Para a aplicação da (IB) seguiu-se as fases dos Elementos FRAMES. Os participantes foram selecionados de acordo com o tempo de serviço (até 5 anos para preencher os requisitos para aposentadoria) e disponibilidade. Participaram da Intervenção Breve (IB) sete servidores, todas do sexo feminino, na faixa etária entre 49 e 59 anos, das quais 71% possuem mais de 30 anos de tempo de serviço e destas 60% estão recebendo abono de permanência. A maioria é casada (42%), 85,7% possuem filhos e destas 66% tem filhos dependentes financeiros e 14,3% tem outros dependentes financeiros. Resultados: Durante a intervenção realizada, constatou-se que a maioria das servidoras participantes, não apresenta um entendimento pleno da relevância deste planejamento, não representando uma prioridade neste momento atual da vida. Este aspecto é ratificado quando identificamos que 71% destas servidoras possuem mais de 30 anos de tempo de serviço e sendo que 60% estão recebendo abono de permanência, e ainda não apresentam os aspectos preditivos necessários para uma aposentadoria sem crise, mostrando-se inseguras para esse momento.