MENDES, Túlio Chaves. Fitoterapia e os sentidos na terceira idade. Anais V CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/34444>. Acesso em: 05/10/2024 19:15
INTRODUÇÃO: Com o processo do envelhecimento, sobretudo a partir dos 60 anos ocorrem transformações com sinais de deterioração evidentes em todos os sentidos (visão, paladar, olfato, tato e audição). Tais modificações, afetam o paladar e tato com uma diminuição de sensibilidade gradual, provocando uma diminuição de motivação e interesse que podem alterar diretamente o estilo de vida OBJETIVO: Relatar a experiência vivenciada através de uma Oficina realizada com idosas do Projeto de Extensão “Consciência Corporal na Maturidade”, demonstrando os aspectos culturais, científicos e afetivos através do uso das plantas medicinais atrelado ao conhecimento popular. METODOLOGIA: Relato de experiência realizado a partir de uma oficina intitulada “Oficina dos Sentidos” com perspectiva vivencial e interdisciplinar, que ocorreu no dia 4 de outubro de 2017, no Departamento de Fisioterapia da Universidade Estadual da Paraíba em Campina Grande. A população-alvo, foi um grupo 12 de idosas integrantes do Projeto. A intervenção teve duração de aproximadamente 2h30 e foi dividida em 5 fases. RESULTADOS E DISCUSSÕES: As participantes têm entre 60 e 75 anos, são donas de casa, professoras, agricultoras e autônomas. Quanto à escolaridade têm em sua maioria o ensino fundamental. Na 1ª fase, os cinco sentidos foram relembrados e explicadas as alterações dos sentidos causadas pelo processo de envelhecimento. Na 2ª fase foram explanados os aspectos históricos e culturais da fitoterapia. Foi apresentado um histórico do uso da fitoterapia desde os primórdios antes de Cristo até os dias atuais. Na 3ª fase, voltada para o estímulo dos cinco sentidos com o uso de plantas medicinais, foram apresentadas duas plantas medicinais vastamente utilizadas nos preparos de chás, sendo chamadas Pimpinella anisum (erva doce) e Lippia alba (falsa-cidreira). Partindo desse pressuposto, a 4ª fase, foi vivenciado um momento de estímulo sensorial seguido de relato de experiências individuais associadas aos sentidos. As idosas puderam se apresentar e a partir das duas plantas medicinais em suas mãos, pediu-se para que elas pudessem descrever, como cada uma das idosas usaria a erva, e de acordo com o conhecimento delas qual era a função terapêutica da Pimpinella anisum (erva doce) e Lippia alba (falsa-cidreira). Por fim, após os relatos das idosas participantes, ocorreu a explanação teórica sobre os usos e benefícios das plantas medicinais (5ª fase). De forma interativa foi feita uma explicação da diferença entre infusão e decocção, das plantas utilizadas e das suas atividades. CONCLUSÕES: A partir do relato apresentado, concluímos que a Oficina desenvolvida atendeu aos objetivos pretendidos ao estimular os sentidos, atrelando ao uso da fitoterapia. O conhecimento tão vasto e as inúmeras experiências e histórias de cada idosa podem ser ainda mais exploradas em oficinas posteriores, proporcionando a valorização do conhecimento empírico comprovado através de décadas de práticas com seus familiares e com elas mesmas. Por fim, a oficina desenvolvida com o grupo de idosas do Projeto de Extensão “Consciência Corporal na Maturidade”, ratificou a proposta do projeto de consolidação das condutas educativas acerca do conhecimento dos diversos aspectos da saúde e do corpo com vistas à promoção da saúde e prevenção das doenças.