MARCON, Scheila et al.. Polimedicação em idosos participantes de grupos de convivência. Anais V CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/34720>. Acesso em: 21/12/2024 09:34
As doenças e os medicamentos estão presentes no cotidiano das pessoas idosas, sendo a polimedicação uma prática comum nesta população. Neste estudo, objetivou-se avaliar a prática da polimedicação em idosos que participam de grupos de convivência do município de Chapecó/SC, bem como, comparar essa prática em relação as variáveis sexo, faixa etária, tempo de participação, situação conjugal, anos de estudo, estado de saúde e uso de psicoativos. Trata-se de uma pesquisa analítica descritiva de corte transversal, com abordagem quantitativa, realizada com 165 idosos participantes de grupos de convivência vinculados aos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) Efapi e Céu no município de Chapecó/ Santa Catarina. A coleta de dados ocorreu nos meses de março e abril de 2017, por meio de entrevistas individuais utilizando-se como instrumento um questionário para avaliação das condições de saúde do idoso e uso de medicamentos. Para análise dos dados utilizou-se a estatística descritiva, média, desvio padrão e a distribuição de frequências. Para a associação entre variáveis foi utilizado o teste de Qui-quadrado de Pearson ou teste Exato de Fischer, dependendo da frequência observada nas categorias analisadas. Todas as análises foram feitas por meio do pacote estatístico SPSS®, versão 20.0 e o nível de significância adotado foi de 5% (p<0,05). Dentre os idosos entrevistados, 73,3% eram mulheres, 46,1% dos tinham entre 60 e 69 anos, 54,5% viviam sem companheiro (a), 86,1% tinham até cinco anos de estudo, 73,9% dos idosos relataram ter um estado de saúde bom ou ótimo e 87,39% participavam há mais de um ano no grupo de convivência. O uso de medicamentos foi referido por 91,5% dos entrevistados e a prevalência de polimedicação (uso de cinco ou mais medicamentos) foi de 21,2%. Não se evidenciou associação significativa entre polimedicação e a faixa etária, tempo de participação dos idosos nos grupos de convivência, situação conjugal e anos de estudo. Observou-se associação significativa entre a polimedicação e as variáveis sexo, estado de saúde autorreferido e uso de medicamentos psicoativos (p<0,05). Ao se considerar os riscos decorrentes da polimedicação em idosos, deve-se refletir sobre a necessidade de implementação de políticas de saúde pública voltadas ao uso racional de medicamentos para essa população.