Com o desenvolvimento das tecnologias da comunicação e da informação, a atenção do aluno passou a ser disputada, de um lado pelas mensagens em várias bases tecnológicas e de outro pela escola. Submetido a vários estímulos na sociedade midiática, o aluno não se contenta mais em exercer um papel passivo no processo de ensino-aprendizagem. Nesse contexto, considera-se a importância do estabelecimento de ligações e o acionamento de empatias na esfera da educação e defende-se que as aulas de História podem se tornar mais interessantes ao transformar a sala de aula num ambiente de socialização do conhecimento, através da participação ativa dos alunos na edificação de seu saber ao criarem charges no processo de ensino-aprendizagem da História. Nesse sentido, intenta-se, através deste trabalho, narrar uma experiência com a criação de charges por discentes, no ensino de História, que promoveu a aprendizagem do assunto histórico ao aproximá-lo do aluno, gerando a motivação deste para aprender e a reflexão crítica acerca do evento histórico enfocado. Para atingir o objetivo proposto, as contribuições teóricas acerca das charges no processo de ensino-aprendizagem foram relacionadas à atividade de construção de charges por discentes. Esta atividade se processou no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID/CAPES de História da Universidade Estadual da Paraíba – UEPB/Campus I, numa turma de alunos do 9º Ano, do Ensino Fundamental II, da Escola Estadual de Ensino Fundamental Senador Humberto Lucena, em Campina Grande – PB, no primeiro semestre de 2017. Os resultados obtidos a partir da experiência relatada apontaram que tomados os cuidados necessários em se conhecer bem a ferramenta a ser utilizada, realizando um planejamento seguro, a charge pode ser utilizada como instrumento de ensino que instiga os alunos a aprender História. Alcançada a disposição dos alunos para aprender através charge, por meio desta também se consegue desenvolver nos alunos habilidades e competências para um aprendizado com propriedade, ou seja, é estimulada a interpretação e a reflexão crítica.