COSTA, Brenda Matos Da et al.. Microemulsões no tratamento de dano orgânico. Anais III CONEPETRO... Campina Grande: Realize Editora, 2018. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/44053>. Acesso em: 21/12/2024 13:12
O petróleo é uma mistura complexa de hidrocarbonetos e outros compostos contendo enxofre, nitrogênio, oxigênio e metais pesados, podendo estar organizados desde a forma simples até complexas estruturas. Como consequência da composição do petróleo e condições as quais ele está submetido no escoamento dentro do reservatório, alguns componentes mais pesados se agregam e por sua própria característica agem ativamente sobre a rocha se adsorvendo e invertendo a molhabilidade da mesma, de forma que eles se depositam e causam redução da permeabilidade, impactando na produção de fluidos, sendo denominado esse processo de dano à formação. O destaque neste trabalho é dado ao tratamento do dano de origem orgânica utilizando microemulsão, em particular a causada pelos asfaltenos que são compostos orgânicos polares de alto peso molecular com grande número de anéis aromáticos e heteroátomos que estão presentes em petróleos na forma dispersa. Este trabalho avaliou o uso de microemulsões que são sistemas termodinamicamente estáveis de baixa tensão interfacial e conhecidas pela sua capacidade de solubilizar diversas substancias. Utilizaram-se dois sistemas microemulsionados para analisar a capacidade de remoção do dano por deposição orgânica, o sistema SMA e o SMB, onde o SMA contém HCl em sua composição. Os resultados mostraram que o SMA se mostrou mais efetivo na solubilização de borra asfáltica que o SMB, indicando ser capaz de remover o dano de origem orgânica e quando comparado ao tratamento com solventes 100% aromáticos leva vantagem, na parte operacional e ambiental por apresentar um menor conteúdo destes.