CHACON, Maria Luíza Assunção et al.. . Anais ABRALIC Internacional... Campina Grande: Realize Editora, 2013. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/4465>. Acesso em: 24/11/2024 20:35
O presente trabalho pretende explicitar características da novela “Matamoros (da fantasia)”, presente no livro Tu não te moves de ti (1982), de Hilda Hilst, que nos permitam observar como se constituem o amor e a solidão na narrativa supracitada. Para tanto, utilizaremos como principal aporte teórico, O amor a solidão (1992) de André Comte-Sponville, uma vez que entenderemos a solidão não somente como sinônimo do isolamento, mas também como parte indissociável de toda existência humana, embora o indivíduo conviva em sociedade. Ainda sob a luz de Comte-Sponville, partiremos da premissa de que o amor e a solidão não são opostos, visto que eles apresentam propriedades em comum e estão intimamente entrelaçados. Encontraremos, a partir do século XX, uma falta de ação na narrativa e a predominância dos movimentos internos, ou seja, dos movimentos que se manifestam por meio da reflexão, na consciência dos personagens. Levando isso em consideração, investigaremos também, tendo como aportes teóricos Notas de literatura I (2003), de Theodor Adorno, e Mimesis (1946) de Erich Auerbach, como o amor e a solidão estão relacionados com a crise narrativa do século XX.