O objetivo deste artigo é analisar criticamente o crescente processo de medicalização da educação, levando em consideração o aumento de prescrições de psicotrópicos que mascaram problemas mais profundos e transformam comportamentos da vida humana, com toda sua complexidade, em patologias a serem “curadas”. Nossa discussão gira em torno da reflexão a respeito dos processos discriminatórios que invadem o cotidiano escolar, estigmatizando, rotulando e, consequentemente, promovendo a exclusão. Pretendemos, portanto, assumir opinião contrária ao vício da produção de rótulos e diagnósticos na escola, fenômeno atual que produz “soluções” que não condizem com a multiplicidade de diferenças que formam o ambiente escolar.