O presente trabalho tem como objetivo fomentar uma discussão acerca da Inclusão de surdos dentro do sistema regular de ensino, discorrendo sobre as principais dificuldades e perspectivas dessa abordagem de ensino. O mesmo surgiu da necessidade de aprofundarmos alguns conceitos estudados na disciplina de Língua Brasileira de Sinais (Libras) ofertada com um caráter obrigatório para os cursos de licenciatura da Universidade Federal do Ceará, em cumprimento ao Decreto nº 5.626/05 (BRASIL, 2005) que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais. Para tanto, elegemos como procedimento metodológico um estudo de caso em uma escola pública do município de Fortaleza, na qual realizamos observações em uma turma “inclusiva” e entrevista a duas professoras que trabalham nesta área de ensino, seguida de uma pesquisa de cunho bibliográfico. No decorrer da pesquisa constatamos grandes dificuldades que interferem fortemente na real viabilização de uma educação inclusiva para surdos que vão desde a existência de problemas relacionados à falta de preparo dos professores, ausência de subsídios, na escola como um todo e em suas praticas pedagógicas, devido ao grande número de alunos em sala de aula, falhas na interação (professor, alunos, intérprete), ao descaso do poder público que vende uma imagem ilusória de inclusão, como se esta estivesse dissociada da qualidade da educação que se pretende oferecer. A relevância desse artigo não se encontra restrita à comunidade escolar, mas sem dúvida pode despertar o interesse de qualquer outro sujeito, dada a abrangência social da educação, favorecendo-lhe uma visão crítica.Palavras – chave: Educação de surdos. Inclusão. Interações.