GOMES, Jacqueline De Souza. Sala de aula: “laboratório” e não consultório. Anais III CINTEDI... Campina Grande: Realize Editora, 2018. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/45048>. Acesso em: 25/11/2024 00:32
Este artigo é uma contribuição para pensar o diagnóstico no âmbito da educação inclusiva. À luz da sociologia do diagnóstico, compartilhamos inquietações sobre os impactos que os diagnósticos de doenças (ou a ausência deles) têm na formulação de práticas pedagógicas e no próprio desenvolvimento intelectual de uma pessoa rotulada com uma doença, seus familiares e toda a comunidade escolar. Via de regra, a educação inclusiva tende a ser interpretada em um sentido restrito, a referir-se apenas às pessoas com deficiências. Contudo, é preciso reavaliar nossa compreensão sobre o que seja deficiência, inclusão e educação inclusiva. Longe do simplismo, não identificamos como fácil a tarefa de consolidação de uma sala de aula inclusiva, a identificamos como possível. Portanto, enquanto educadores, confrontarmo-nos com os valores impregnados nestes rótulos é ainda um passo importante rumo a referida consolidação. Uma sala de aula pode ser tomada como um espaço de possibilidades e, como tal, poderá se tornar um espaço para experimentar o impossível, para que possamos reinventar-nos enquanto pessoas e ressignificarmos nossas práticas pedagógicas.