O presente artigo trata de um trabalho final desenvolvido na disciplina “Sistemas Simbólicos” do Programa de Pós-Graduação em Sociologia – PPGS/UFC no semestre 2017.1, feita como disciplina optativa com o objetivo de integrar à pesquisa de mestrado da autora em desenvolvimento no Programa de Pós-Graduação em Comunicação – PPGCOM/UFC. É referente a um estudo sobre a Umbanda, especificando-se na entidade de exu feminina Maria Padilha e sua incorporação na mãe-de-santo Mãe Iara – mulher de 60 anos, nascida em Fortaleza e integrante do Centro de Umbanda Rei Dragão do Mar. Partiu-se do princípio que seja de grande importância entender as experiências vividas por essa mulher e como isto interfere no seu desenvolvimento religioso e na sua incorporação com a entidade em questão. A partir disso, é feito um cruzamento das noções de performance, liminaridade e ritual buscadas na pesquisa bibliográfica, com a observação participante da Festa da Pombagira Cigana no dia 11.03.2017 e entrevista à mãe-de-santo no momento de inserção no campo. Este texto está desenvolvido em três partes: na primeira são apresentados alguns aspectos conceituais relativos à experiência e à performance desenvolvida pela médium; na segunda, tem-se um breve relato sobre a preparação da mãe-de-santo antes de adentrar ao ritual; e, por fim, na terceira parte é abordado o registro do evento, o desenvolvimento performático do transe e a eficácia do ritual. Ao todo, cinco fotografias foram anexadas para que pudessem complementar o texto e auxiliar o leitor na visualização do ritual. Pesquisa desenvolvida junto ao Laboratório de Investigação em Corpo, Comunicação e Arte – LICCA.