O projeto Universidade Aberta da Terceira Idade (UATI) surgiu na França em 1973, com o objetivo de tirar os idosos do isolamento e propiciar-lhes saúde, energia e interesse pela vida, bem como modificar sua imagem diante da sociedade, visto que há uma nova construção social de velhice que vem ganhando espaço nas sociedades ocidentais desde o pós-guerra. A ideia se propagou para a maioria dos países que enfrentam o envelhecimento populacional. No Brasil, embora encontrados por diferentes nomenclaturas, tinha no ano de 2015 o registro de 36 Universidades Públicas Federais com programas com tais características. Diante do exposto, foi realizada uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, com 13 professores que atuaram em um projeto UATI em uma universidade pública no estado do Paraná com o objetivo de elucidar as suas concepções a respeito do envelhecimento/idoso. Os resultados obtidos indicam tanto a presença de concepções associadas a um envelhecimento ativo, como de pessoas experientes ou sábios, devido seus caminhos já trilhados e o envelhecer como um estado de espírito. Por outro lado, concepções de envelhecimento como um fator biológico, que enfatizam as perdas resultantes do processo de envelhecimento também foram mencionadas. Conclui-se que os docentes que atuaram no projeto possuem uma concepção diversificada a respeito do idoso ou do processo do envelhecimento, essas concepções são construídas através das construções sociais ou conceitos biológicos pautando pela ciência.