Objetivo: descrever a autopercepção de saúde e de morbidade de idosos de uma Unidade Básica de Saúde da Família, sob a vertente do cuidado integral e equânime de enfermagem na Atenção Primária. Introdução: O idoso pode interpretar o seu declínio de saúde de diversas maneiras, sendo esta autopercepção um importante e confiável preditor de morbidade física, emocional e de déficit funcional. O aumento da população idosa, consequentemente, aumenta também a incidência de dependência deste segmento social; surgindo a necessidade de novas modalidades de prestação de assistência à saúde Método: Trata-se de um estudo descritivo de abordagem quantitativa, que teve como população alvo 103 idosos. Variáveis investigadas: percepção de saúde e perfil de morbidades. Aprovado pelo Comitê de Ética sob Protocolo n.º 45553615.0.0000.5189. Resultados: Os resultados da autopercepção de saúde demonstraram que 40,8% (n=42) dos idosos progrediram para situação pior do que há cinco anos. Quando comparada a sua saúde com a de outros idosos, 19,4% (n=20) estavam em condições piores de saúde que a maioria dos idosos. Os distúrbios referenciados pelos participantes foram: problemas cardíacos (58,3%), musculoesqueléticos (31,1%), endócrinos (25,2%), respiratórios (7,8%), renais (5,8%), psicológicos (5,8%), neurológicos (4,9%), oculares (4,9%), outros (19,4%). Conclusão: A população estudada possuía uma autopercepção de saúde negativa em comparação aos últimos cinco anos e aos demais idosos com a mesma idade e apresentavam doenças crônicas com um perfil de diversas morbidades, necessitando de maiores cuidados devido ao aumento do risco de mortalidade.