O envelhecimento rural compreende um complexo conjunto de dinâmicas que emergem das características geradas de ambientes rurais e as experiências sociais, econômicas e de saúde de idosos. Neste sentido, buscamos contribuir para o debate sobre a velhice rural brasileira, a partir de um contexto específico: o de Marajá do Sena, município maranhense de 8.051 habitantes, onde 85,6% da população está concentrada no espaço rural. Considerado o “mais rural” do Estado e de Índice de Desenvolvimento Humano Muito Baixo, Marajá do Sena é tido como o mais pobre do país e também o que, proporcionalmente, detém a menor população de idosos do Maranhão (4.5%). Neste sentido, o presente trabalho, recorte de estudo de iniciação científica em andamento, traz uma caraterização da capacidade funcional para atividades de vida diária segundo a percepção de idosos de comunidades rurais do referido município, visando contribuir para a reflexão sobre as condições de envelhecer no espaço rural. O estudo, de natureza exploratória e de abordagem quantitativa, envolveu 30 sujeitos com idade a partir de 60 anos residentes em oito comunidades rurais de Marajá do Sena.