SANTOS, Neimara Costa De Lima. A trajetória do ensino de geografia no brasil. Anais CONADIS... Campina Grande: Realize Editora, 2018. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/50491>. Acesso em: 24/11/2024 22:55
Ressaltamos que antes da sistematização da Geografia no Brasil existiam um saber geográfico trabalhado nas escolas que era ensinado por profissionais que não eram geógrafos com forte influência do currículo da França, a exemplo do século XVI onde a mesma não correspondia uma disciplina independente. A Geografia a partir da sua institucionalização como ciência no século XIX passa por determinadas correntes de pensamento, todas pautadas em objetivos e métodos. Percebe-se que as aulas de Geografia precisam ser dinâmicas, atrativas, mesmo diante da crise pela qual a educação vivencia. Temos que utilizar nas aulas o novo, o que chama atenção e o que provoca curiosidade e fazer a diferença na vida e no futuro dos nossos discentes, mesmo que o momento e a própria mídia comercial por meio de discursos ideológico mostrem o contrário, sabemos que a Geografia ela sempre vai contribuir e fazer a diferença na formação do alunado. O objetivo desse trabalho é analisar sintaticamente o ensino de Geografia no Brasil, explanar a importância das correntes de pensamento Tradicional e a Crítica, como também argumentar como se deu o processo de formação dos professores de Geografia no país e identificar nesse contexto os períodos de crise da Geografia escolar. Os procedimentos metodológicos se encontram baseados em pesquisa teórica baseada na teoria de alguns autores que trabalham com o ensino de Geografia. De acordo com a pesquisa as correntes de pensamento Tradicional e Crítica influenciaram e ainda se encontram presentes no ensino de Geografia que é ministrado no ensino básico, como também os desafios e dificuldades vivenciados pelos professores de geografia atualmente já vem de muito longe, desde o surgimento da disciplina. A partir dessa pesquisa, podemos perceber como o ensino de Geografia está fundamentado no ensino básico e que existem inúmeros desafios que os professores de Geografia enfrentam no seu ambiente de trabalho, que como vimos na pesquisa afeta diretamente a relação de ensino-aprendizagem. A teoria nos mostrou que a corrente de pensamento tradicional, que teve uma reflexão diretamente no ensino básico ainda se encontra presente no ensino de Geografia. O ensino de Geografia torna-se cada vez mais relevante para explicar e compreender as contradições que são impostas na contemporaneidade, porque os conteúdos estão inseridos no cotidiano dos discentes, essa aproximação dos temas geográficos com o universo dos alunos é fundamental para o processo de ensino-aprendizagem, gerando no discente uma visão crítica e o posicionamento sobre as temáticas dessa área do conhecimento. Um ensino renovador baseado em uma Geografia construtivista pode fazer parte da prática docente e deve permanecer associado à busca incessante da formação continuada e a transformação no modo de ensinar. Vivemos um período de mudanças na educação por meio da Base Nacional Comum Curricular que afeta diretamente o ensino de Geografia, onde os conteúdos de fundamentais vão passar a ser secundários, sendo diluídos. A Geografia como a pesquisa nos mostrou é de extrema importância como disciplina, pois proporciona a passagem de um saber ingênuo ao crítico, aos poucos vai perdendo o seu espaço de disciplina obrigatória e os prejudicados são os licenciados, a sociedade e os próprios discentes que terão sua formação fragilizada.