A obra de transposição do Rio São Francisco, apoiada por um marketing político de forte apelo populista de que “quem tem sede apoia”, mascara e reduz as pálidas resistências e o debate político acerca da sua significação. Para além das “arengas políticas”, a transposição e todo o discurso político e midiático que a sustenta escondem que seus grandes beneficiados são representantes do agro-hidronegócio e dos polos industriais do Pecém – CE e Suape – PE. Refletir sobre a transposição é pensar que esse projeto se presta a “transpor” votos e recursos e realimenta a “indústria política da seca”.