Realizou-se um estudo farmacobotânico das folhas de Poincianella pyramidalis (Tul.) L.P. Queiroz, espécie nativa e endêmica do Brasil, visando reconhecer caracteres úteis para a sua identificação e delimitação, de modo a oferecer subsídios para o controle de qualidade desta espécie. Realizaram-se estudos morfológicos e anatômicos dos folíolos por meio de secções paradérmicas e transversais, à mão livre, coradas com safranina e safrablue, observadas e fotografadas ao microscópio óptico. P. pyramidalis é uma espécie arbórea, com folhas compostas, bipinadas, com 5 a 8 folíolos, obovados, base cuneada, ápice obtuso a emarginado, margem inteira, peciólulo cilíndrico, pubescente. Em relação a anatomia, os folíolos são hipoestomáticos, com estômatos anomocíticos, anisocíticos e paracíticos; paredes anticlinais retas em ambas as faces. O indumento é pubescente, formado por tricomas tectores unicelulares e tricomas glandulares pedunculados. Em secção transversal, a epiderme é unisseriada revestida por cutícula lisa e espessa. O mesofilo é dorsiventral, a nervura principal é biconvexa, formada por um único feixe colateral central, envolto por uma calota esclerenquimática. O pecíolo é arredondado, o peciólulo exibe contorno alongado, ambos formados por um único feixe vascular concêntrico, circundado por uma espessa bainha esclerenquimática no pecíolo. Idioblastos cristalíferos com drusas ocorrem em quantidade significativa na região floemática. A anatomia da epiderme e vascularização da nervura e peciólulo são caracteres diagnósticos para reconhecimento de P. pyramidalis.