A quitosana, uma substância produzida pela desacetilação da quitina, vem sendo bastante estudada por se tratar de um produto natural bastante promissor, onde possui uma grande importância econômica e ambiental, visto que apresenta inúmeras aplicações em diversos campos tais como liberação de fármacos, biotecnologia, alimentos, cosméticos e engenharia. Esse biopolímero vem ganhando destaque devido a sua biocompatibilidade, biodegradabilidade, ausência de toxidade e baixo custo. Porém, suas aplicações são limitadas devido ao seu elevado peso molecular em que possibilita uma fraca solubilidade em soluções aquosas de pH neutro e alta viscosidade da sua solução. Recentemente, tem se proposto alguns métodos para despolimerização da quitosana sem alterar sua estrutura química, tais como métodos enzimáticos e químicos. Entretanto esses procedimentos proporcionam algumas desvantagens como, por exemplo, os métodos enzimáticos possuem baixa produtividade e os métodos químicos apresentam inconvenientes inerentes que são inadequados para produtos em relação a absorção humana. A utilização do plasma para redução do peso molecular desse polímero tem se mostrado bastante atrativo, por apresentar uma gama de vantagens como operação à pressão atmosférica sem a presença de substâncias tóxicas, controle da poluição e da esterilização, como também são sistemas econômicos e simples. O plasma pode ser gerado através de uma diferença de potencial, ocasionado pela aplicação de energia a um gás com o intuito de reorganizar a estrutura eletrônica das espécies (átomos ou moléculas). Desse modo, o presente trabalho visa a despolimerização da solução de quitosana por plasma frio submetida em diferentes tempos de exposição (60, 120 e 180 min). Inicialmente, preparou-se uma solução de quitosana onde determinou o grau de desacetilação por meio de titulação condutimétrica. Posteriormente, a solução de quitosana foi submetida ao plasma em distintos tempos de exposição. A eficiência da despolimerização da quitosana foi demonstrada pela determinação do peso molecular, através do método viscosimétrico. Em seguida, foi feita análise de sua estrutura química por meio da caracterização por difração de raio - X e de sua estabilidade através do espectro UV. Os resultados obtidos com o procedimento indicaram que a quitosana pode ser eficientemente degradada pelo plasma a pressão atmosférica sem alterar significativamente sua estrutura química. Permitindo assim, a modificação do seu peso molecular, em que aumentando o tempo de exposição ao plasma ocasiona uma redução no mesmo. Isso ocorre devido a presença de radicais livres gerados durante o tratamento. Com análise da difração de raio - X foi possível atentar que com a redução do peso molecular levou a destruição da estrutura cristalina, onde originou uma característica amorfa. A análise do espectro UV constatou a formação do grupo carbonila a partir da exposição ao plasma. Diante disso, a utilização do plasma para modificação da quitosana é um método bastante eficaz para redução do peso molecular.