Esse estudo apresenta uma revisão bibliográfica sobre dados etnobotânicos de plantas medicinais, de acordo com o conhecimento tradicional de saberes das comunidades locais do semiárido paraibano. Os dados foram coletados por meio de consultas a periódicos e artigos científicos em bases de dados com acesso online, como o SciELO e Google acadêmico, que pesquisaram sobre plantas medicinais e/ou Etnobotânica. Considerou-se a literatura publicada entre 2008 e 2018, na língua portuguesa. Foram encontrados, no total, 22 artigos publicados e destes, 10 versavam sobre levantamentos etnobotânicos sobre o semiárido paraibano, destacando o uso medicinal de plantas da Caatinga. Observou-se que o uso das plantas para cura de enfermidades no semiárido paraibano é uma alternativa frequente entre as comunidades tradicionais. As pesquisas etnobotânicas ocorreram em municípios paraibanos como São José de Espinharas, Mãe D'Água e Puxinanã. As espécies utilizadas com maior frequência pelas comunidades locais foram a Aroeira, Hortelã-Grosso e Favela, considerando as folhas e o caule, como as partes mais usadas para fins terapêuticos. Observou-se que as pessoas com idades mais avançadas possuíram maior entendimento sobre as plantas em comparação com os mais jovens, destacando nessa pesquisa à utilização da flora medicinal sob forma de chás. Os saberes das comunidades do semiárido paraibano promoveu a identificação de inúmeras espécies de plantas para uso terapêutico, bem como os seus efeitos e o preparo de medicamentos. O estudo demonstra a cultura e a prática da população a partir da grande diversidade de espécies para fins terapêuticos na Caatinga.