Em face da centralidade do conhecimento ancoram-se os princípios que pressupõe o surgimento de uma nova sociedade. Haja vista a supervalorização da educação e das tecnologias constitui-se como fatores indispensáveis na estratégia capitalista de superação da crise. O presente artigo pretende analisar em linhas gerais a então propagada Sociedade do Conhecimento no contexto contemporâneo capitalista, bem como refletir sobre os aspectos ideológicos na tentativa de compreender as personificações de reprodução e reestruturação do capital, a partir das relações entre trabalho e educação, na forma de delinear as transformações da educação ligada à cultura digital aliadas a esse novo discurso de exploração. Nossa pesquisa é de cunho bibliográfico e documental e apóia-se principalmente nos estudos Ivo Tonet e Newton Duarte, na perspectiva de desvelar criticamente essas novas proposições e as relações ideológicas nelas embutidas. Para alcançarmos tal objetivo, nosso trabalho parte do entendimento do conceito de Sociedade do Conhecimento, da criação dos paradigmas educacionais ao processo de adaptação aos imperativos empresariais a qual se atrelam as novas tecnologias na proposição de uma pratica pedagógica, no qual lhes é negado o acesso ao conhecimento construído pela humanidade, fator esse inerente para a instituição do homem como ser social e para a proposta de uma educação que intui uma formação para emancipação humana.