As Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT) tem aumentado sua prevalência no Brasil e no mundo, e dentre elas as Doenças Cardiovasculares (DCV) se destacam por ter a Hipertensão Arterial como seu principal fator de risco, entendida como um agravo multifatorial, encontra no grupo masculino o ser que sofre mais influência destes fatores, pois é o grupo mais afastado dos serviços de saúde. O estudo tem como objetivo avaliar a associação dos fatores com o controle da Pressão Arterial Diastólica em hipertensos do gênero masculino atendidos na Estratégia Saúde da Família no município de João Pessoa. Estudo observacional, tipo coorte retrospectivo, com um recorte de resultados disponíveis nos projetos multicêntricos, junto ao Laboratório de Estudos Demográficos do Departamento de Estatística da Universidade Federal da Paraíba, a partir de uma amostra de 90 pacientes do sexo masculino. São variáveis explicativas utilizadas no modelo de decisão: tabagismo, sedentarismo, sobrepeso, etilismo, tipo de usuário, situação conjugal, escolaridade, raça, ocupação, renda e idade. Analisadas através da regressão logística tendo como variável dependente o controle da PAD, e como parâmetro < 80 mmHg para PAD controlada bem como, > 80 mmHg para a não controlada. Os dados foram organizados em planilha e analisados no software R. Do grupo estudado 52,2% tinham PAD controlada e 47,8% não controlados. Apresentou-se uma prevalência de 36,7% para < de 60 anos e de 62,3% > de 60 anos. A maioria 96,7% convivia com pessoas com laços de sangue ou não, o que favorece as medidas de tratamento em relação aquelas sem companheiros. Ainda destaca-se um grupo com baixa escolaridade, onde 60% possui no máximo ensino fundamental incompleto. No tocante a raça houve maior prevalência nos não brancos (com ênfase nos pardos e pretos) totalizando 67,38%. A análise descritiva a presença dos fatores de risco modificáveis revela que 81,1% não são tabagistas, 77,8% não são etilistas, 61,1% não são sedentários, porém 64,4% estão em sobrepeso. Com a aplicação da Regressão Logística para um IC95% ficaram no modelo escolaridade e renda, isso implica dizer que os hipertensos do estudo com escolaridade e com renda superior a um salário mínimo tem mais chance de controlar a pressão do que os que não se enquadram neste parâmetro. O modelo estatístico utilizado, apresentou-se eficaz, gerando uma nova ótica para os profissionais e gestores de saúde. Com os resultados apontados pelo modelo pode-se observar que fatores sócio demográficos são fortes determinantes no controle da PA, e por isso deve ser foco de mudanças nas práticas de todos que compõe os serviços de Atenção Básica. A frequência esporádica do sexo masculino as Unidades de Saúde associada aos dados apresentados pelo modelo, evidencia a necessidade de se estabelecer programas, atendimentos e turnos nos serviços de saúde da atenção básica, que propiciem um melhor acolhimento ao homem.