SANTANA, Kelly De. Estágio supervisionado ii: construindo uma horta vertical. Anais VII ENALIC... Campina Grande: Realize Editora, 2018. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/52134>. Acesso em: 23/11/2024 16:29
Este trabalho tem como objetivo apresentar a prática do estágio supervisionado II do curso de licenciatura em educação do campo com ênfase em ciências agrárias da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), no centro de formação de professores (CFP), realizado na associação dos pequenos produtores rurais do riacho das Bananeiras (APERBA) localizada no município de São Miguel Das Matas - BA. Objetiva ainda, desenvolver uma reflexão sobre teoria e prática em espaço não formal. Nessa perspectiva, será apresentado relato desse período que abordam as experiências, neste caso, o espaço não formal que se constitui campo de estágio. De tal modo, percebemos que a licenciatura em educação do campo com ênfase em ciências agrárias pode atuar em muitas áreas, a partir do momento em que ele se permite conhecer e vivenciar outras experiências, contribuindo para a prática de vários segmentos como o da educação formal ou não formal, Compreendemos, que o estágio contribui para que associemos teoria e prática na realização de um trabalho voltado para formação humana. Assim, reafirmamos a necessidade de se conhecer a realidade em que se vive, para que dessa forma, possa intervir na realidade de acordo com o contexto social, político e econômico. Diante disso, observamos as atividades desenvolvidas pela associação dos pequenos produtores rurais do riacho das Bananeiras (APERBA) e, logo após, planejou-se atividades com intuito de atender a realidade vivida. A licenciatura é desafiadora, muitas vezes nos deparamos com a incerteza e o medo de não conseguirmos desenvolver um bom trabalho. Alguns temem em não conseguir dominar a grupo, outros se preocupam em não saber todo o conteúdo que julgam necessário, uns questionam-se quanto ao método que adotarão e, ainda, tem os que anseiam por ministrar aulas. Há ainda uns que se quer pensam em lecionar. Mas, com o decorrer do tempo, os licenciados passam por uma transformação desses sentimentos e começam a se ver enquanto professores. Essas mudanças começam, a partir das conversas com os colegas, das leituras e discussões, sob a orientação de um professor, ou dos relatos dos colegas que, talvez, já lecionem. O desenvolvimento profissional dos docentes é um processo que envolve a compreensão das situações concretas que se produzem nos contextos onde eles atuarão. Sendo o momento do estágio um dos elementos mais importantes dessa formação. É neste período que o acadêmico tem a oportunidade de ver a teoria aliada a prática, possibilitando-o estabelecer relações entre estas, construindo, assim, seus saberes docentes e sua formação profissional. O estágio curricular supervisionado é um componente curricular obrigatório que visa à implementação do desempenho profissional do licenciando por meio da experiência e vivência das práticas educativas em campo, propiciando ao aluno uma experiência previa do ambiente em que o mesmo atuará. A articulação entre teoria e prática é sempre um desafio, então baseado no pensamento de a proposta para estagio supervisionado será realizado em forma de oficina, afirmando que Paviane e Fontana, (2009). A oficina atende, basicamente, a duas finalidades primeiras a articulação de conceitos, pressupostos e noções com ações concretas, vivenciadas pelo participante ou aprendiz; e segundo a vivência e execução de tarefas em equipe, isto é, apropriação ou construção coletiva de saberes. As atividades realizadas durante a prática de estágio contaram com aproximadamente 15 pessoas entre mulheres e homens associados da APERBA, utilizamos a horta vertical, pois percebemos que com sua utilização foi possível trabalhar três eixos, 1; o difícil acesso a terra já que a horta vertical foi desenvolvida para as pessoas que morram na zona urbana porem é um problema que está acontecendo com bastante frequência na zona rural ,2;a origem do alimento produzido, pois elas mesma produziram seu próprio alimento e consequentemente saberão a sua origem e a importância de não utilizar agrotóxicos que prejudicara sua saúde, 3; Aprenderam a importância de reciclar matérias que aparentemente não tem valor ,já que a horta vertical e construída com garrafa pet e na localidade não possui coleta de lixo. Objetivo geral do estágio é dialogar com os associados à importância de uma alimentação saudável e importância da reciclagem de matérias que agridem o meio ambiente. O estágio está dividido em 3 momentos que são eles vivencia e coparticipação, intervenção e planejamento e elaboração do produto final todas estas etapas contribuem para que se possa atingir o resultado considerável na sua realização. Na primeira etapa Foi realizada uma roda de conversa com os associados enfatizando a importância de alimentação saudável para isso utilizamos vídeos com depoimento de pessoas que buscam uma alimentação saudável e sem uso de agrotóxicos e que produzem seu próprio alimento e de pessoas que sofreram de alguma forma com os agrotóxicos sejam com moradores que moravam perto de fazendeiros que usam os agrotóxicos de maneira irresponsável, os de pessoas que de maneira inocentes utilizava os mesmos sem conhecer seus malefícios. Para isso também foram utilizadas oficinas onde foram repassadas orientações sobre plantio, rega e adubação e, na prática, preparamos mudas, germinar sementes, plantar brotos. Na Segunda etapa foi realizado um encontro com instruções de como construir uma horta vertical. Na Terceira etapa foi feita a realização de mais um encontro onde procuramos colher matérias recicláveis para a construção da horta. Na Quarta etapa foi realizado mais um encontro para construir a horta vertical. Ao término da oficina, de todas as etapas o participante terá um kit de mudas para iniciar sua horta. Foi destinado um momento para o encerramento da atividade que surtiu um efeito muito positivo nos associados que estavam presentes nesses momentos. Palavras-chave: Estágio, Espaço não formal, Experiência. Referências GOHN, M. G. Educação não-formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas; Rio de Janeiro: 2006; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (1987A). NBR 100004: Resíduos Sólidos. Rio de Janeiro. PAVIANI, N. M. S; FONTANA, N. M. Oficinas pedagógicas: relato de uma experiência. Conjectura: Filosofia e Educação, v. 14, n. 2, p. 77-88.