SILVA, Mirene Da Cruz. Matemática básica em forma de trilha. Anais VII ENALIC... Campina Grande: Realize Editora, 2018. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/52269>. Acesso em: 23/11/2024 13:42
MATEMÁTICA BÁSICA EM FORMA DE TRILHA.COMO REVISAR E APRENDER MATEMÁTICA DE FORMA FÁCIL, USANDO UMA DIDÁTICA SIMPLES E BEM ELABORADA NA SALA DE AULA. Mirene da Cruz Silva/ emai-l: myrenespencer@outlook.com /Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Tocantins -Campus Palmas Janaína Milhomem de Souza /Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Tocantins -Campus Palmas Magno Márcio de Azevedo/ Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Tocantins-Campus Palmas Lisandra Maria Malaquias de Sousa/Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Tocantins-Campus PalmasDyana Soares de Freitas/ Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Tocantins-Campus PalmasJosé Carlos Borges de Sousa/ Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Tocantins -Campus Palmas Eixo Temático: Processos de Ensino e aprendizagem - com ênfase na inovação tecnológica, metodológica e práticas docentes. Agência Financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior( CAPES) Uma das maiores dificuldades para a educação matemática no ensino médio é a grande deficiência dos alunos na matemática básica e introdutória do ensino fundamental, pensando nisso elaboramos uma atividade didática relembrando algumas noções da matemática essencial, facilitando assim o entendimento dos alunos que tinham dificuldades com conteúdos do ensino médio. O professor Dr. José Carlos Libâneo no seu trabalho em Didática (p.88-89)" Observar um fato e extrair conclusões, destacar propriedades e relações das coisas, dominar procedimentos para resolver exercícios, escrever e ler, uso adequado dos sentidos, manipulação de objetos e instrumentos etc." o que mostra as muitas possibilidades de aprendizado utilizando atividade didática e como o rendimento dos alunos pode melhorar saindo das vertentes do ensino tradicional e trazendo recursos e formas de transmitir conteúdo que cative os alunos e faça com que o processo de ensino-aprendizagem ocorra de uma forma bem mais tranquila. Inspiradas em tentar tirar o ensino da matemática de um modelo de aula tradicional, pensamos algo que fosse desafiador para os alunos e algo que os cativasse, pois muitos alunos têm certa deficiência no aprendizado da matemática. Então, porque não também tentar romper com esse paradigma de que: "matemática é difícil?" foi pensando nisso que desenvolvemos uma dinâmica envolvendo as principais contrariedades na instrução matemática. Essa atividade aconteceu da seguinte forma: Separou-se a turma em dois grupos (A e B) assim a competitividade entre os alunos iria ser benéfica para o processo, pois todos iriam prestar o máximo de atenção possível o que contribuiria para o aprendizado de cada um dos discentes. Depois dos grupos separados houve um lançamento de dados e um dos grupos começou a atividade, sorteado determinado número no dado o grupo tinha direito de percorrer a quantidade de casas e caso acertasse a pergunta permanecia. As perguntas envolviam conceitos básicos de trigonometria e os números na trilha estavam escritos de forma diferente, fazendo com que os alunos pensassem nas diversas maneiras de representar um mesmo número; um exemplo dado, foi o número 1 (um) que foi escrito da forma: (2 * ½) 'dois multiplicado por um meio'. Cada grupo tinha cerca de dois minutos para responder a questão, caso não respondessem passava a vez e a pergunta para outro grupo, cada questão era resolvida por um integrante do grupo no quadro, na frente dos demais colegas da turma, podendo assim ser feita observações de erros ou acertos, vencendo o grupo que chegasse ao final da trilha primeiro. Após a aplicação da atividade foi pedido aos alunos que relatassem o que tinham ou não gostado, fazendo as devidas ponderações. Muitos relataram a surpresa em descobrir que existem diversas formas de representar um número e também de como é fácil aprender colocando em prática a teoria, disseram que existem verdades sobre o ditado de que a teoria é muito difícil e colocando em prática não era nenhum "bicho de sete cabeças" como pensavam. Relataram também que quando iam ler o que haviam estudado entendiam pouquíssimas coisas e nem avançavam para os exercícios propostos, e que depois dessa atividade iriam mudar suas maneiras de estudar, pegariam exercícios para praticar e quando surgissem dúvidas iriam pesquisar a teoria, dessa forma memorizariam bem as fórmulas, aprenderiam quando e como as usariam em um problema. Pode ser observado quanto os alunos ficaram empenhados em participar da aula e o quanto eles ficaram desinibidos para fazer perguntas e esclarecer suas dúvidas. A forma em que a sala de aula ficou ao ser dividida a turma, acabou com a formalidade de cadeiras enfileiradas, fato que na maioria das vezes é visto como um muro entre professor e aluno, fazendo isso, mudou totalmente o ambiente formal para um mais descontraído. Outro ponto observado foi que durante o período de atividade os alunos esqueceram os celulares e as conversas paralelas e focaram apenas no que estava sendo exposto à frente. Quando um integrante do grupo levava a questão para ser resolvida, eles trabalhavam em equipe e um compartilhava com os demais, quando entre eles surgia mais de uma forma possível de resolver, o grupo fazia todas as maneiras possíveis de solução e discutiam qual estava certa ou errada, cada um buscando o máximo de si para relembrar tudo que já tinham aprendido. O ensino tradicional, que ainda é usado em praticamente todas as instituições tanto públicas quanto privadas, ajuda muito no aprendizado, mas o uso de materiais didáticos concretos para a aula é essencial, em tempos que os alunos têm atenção para celulares e redes sociais, usar de métodos que possam os desinibir e fazer com que eles interajam com os outros colegas e ao docente, fazendo perguntas sobre o que não sabem ou o que não aprenderam, além de possibilitar ao professor ter um diagnóstico de como está seus alunos, possibilita a ele conhecer os limites de sua turma e seus maiores bloqueios para trabalhar conteúdos e dar ênfase onde eles possuem maiores dificuldades. Palavras-chave: atividade-didática, ensino-apendizagem, ensino tradicional, trilha, trigonometria . Referências: COMÊNIO, João Amós. Didática Magna. 3° ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 2º ed. São Paulo: Cortez, 2013.DANTE, Luiz Roberto. Matemática Contexto e Aplicações.(p. 34), 1º ed. São Paulo , 2011.